Voltando ao assunto relacionado à
greve dos professores da rede municipal de ensino, tive acesso ao documento
enviado pela prefeitura a Sra. Maria Aparecida, presidente do SINPREVI – o documento
a chama de presidenta, eu me recuso a utilizar tal flexão de gênero.
Mas opinando à respeito do referido
documento chega-se a conclusão óbvia que se trata de uma simples minuta, não
minuta de lei e sim uma minuta de intenções que, legalmente, não quer dizer
nada. Somente o documento em causa por si só já reforça nossa opinião, tema do post
anterior.
Mas vamos considerar o que consta
no documento. Em dado momento, após a explanação dos percentuais a serem
aplicados, vem um tópico denominado “Fonte de Compensação” e lá se fala na “supressão
do pagamento do Prêmio do IDEB referente ao 15º. Salário (ensino fundamental) a
partir do exercício de 2015.
No nosso modo de entender, tal
dispositivo proposto invalida o Decreto 23212/2014 onde, entre outras coisas,
fixa-se o acordo de metas e benefícios concedidos à toda rede de ensino, de
diretores até as zeladoras.
A tal Fonte de Compensação insere
ainda um ítem, na sequência, sugerindo “Aumento da alíquota do ISSQN para o
exercício 2016, mediante aprovação prévia pela Câmara de Vereadores”. É sabido
que Foz do Iguaçu teve a maior arrecadação de sua história em 2014 e também se
sabe que a arrecadação em 2015 deve cair drasticamente em razão do crescimento
zero da economia prevista para o corrente ano e, que o prefeito e sua equipe,
criar mais impostos para juntar-se ao que estamos sofrendo no âmbito federal e
estadual?
Assim sendo e na nossa humilde
visão, os acordos firmados anteriormente devem ser mantidos. Além disto, nada
está escrito sobre a defasagem salarial na qual se encontra a categoria e já
falamos, aumento de imposto não justifica. Pois usa a categoria dos professores
para aumentar a arrecadação.
Outro ponto diz respeito ao
pessoal de apoio dentro das escolas, merendeiras, zeladoras e afins, qual será
sua compensação nisto? Vão simplesmente perder os benefícios que ora usufruem
sem uma compensação? Aliás, são tão importantes para o conjunto da obra como os
mais intelectuais que lá labutam, não se pode decidir por alto, a coisa tem que
ser como um todo.
E finalmente, a categoria
acreditou numa minuta e acho isso um procedimento perigoso. O que se fez foi
ganhar tempo. Quase ao final do prazo acordado, se apresenta um projeto na
Câmara, lá leva-se um generoso tempo nas comissões, depois vem as vistas ao
projeto, recesso, chuva, falta de diesel e quando se abre o olho, dezembro
chegou e nada, espero que não!
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