quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

25 de Dezembro… Natal… Festa de quem?

Leitura: DT. 12:1-4; 7:5, 6, 25, 26; JZ. 21:25; 2 RS. 14:4; 1 RS. 18:21; JO. 8:44; 1 CO. 10:6, 11

Imagem relacionadaHouve um tempo no território de Israel que, a despeito de terem eles presenciado as maravilhas operadas pelo SENHOR no Egito e no deserto, apesar de teles recebido a Lei de DEUS, cujo primeiro mandamento é "Não terás outros deuses diante de mim" (ÊX. 20:3) e o segundo mandamento dizendo "não farás para ti imagem de escultura..." (ÊX. 20:4), apesar disto, o povo de Israel manteve em seu meio altares a deuses estranhos (2 RS. 14:4).

Essa vida dupla fez com que o profeta Elias os repreendesse dizendo: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR É DEUS, segui-O, se Baal, segui-o...". (1 RS. 18:21)

Em 1 CO. 10:6, 11 lemos que o que aconteceu com Israel está registrado para "aviso nosso", para que não cometamos os mesmos erros que eles.

É impressionante, porém, como o enganador (Diabo) tem cegado até muitos filhos de DEUS, levando-os a considerar como coisas "pequenas" e "sem importância" determinadas práticas que são comuns praticamente no mundo todo. No entanto, essas pequenas coisas confrontam diretamente a Palavra de DEUS, e ao praticá-las, os filhos de DEUS estão se opondo às verdades expostas na Palavra de DEUS. Ainda que possam ser práticas tidas como "inofensivas", e até com "boa aparência", no entanto, seu objetivo é perpetuar a mentira de satanás, levando as pessoas, ainda que de forma sutil, a rejeitar a verdade da Palavra de DEUS.

JESUS disse que desde o princípio Satanás se firma na mentira, e ainda mais, que o próprio Satanás é o "pai da mentira" (JO. 8:44), isto é, toda e qualquer mentira tem origem em Satanás, o príncipe deste mundo, o diabo que "engana todo o mundo" (AP. 12:9).

Isto significa que, ou damos crédito ao que a Palavra de DEUS nos ensina, e colocamos ela em prática (TG. 1:22), dessa forma, rejeitamos as obras e práticas comuns ao mundo (TG. 4:1-10; 1:27; 1 JO. 2:21), ou então nós fazemos como todo mundo faz, agimos como o resto do mundo, sabendo que, fazendo isto, estaremos satisfazendo os desejos do diabo ─ EF. 2:1-3.

Esse princípio da Palavra de DEUS não muda nos dias de hoje! E hoje a prática da professa cristandade não é diferente daquela mostrada por Israel...

Veja, as profecias bíblicas sobre o nascimento de JESUS, os relatos e a história indicam que o nascimento de JESUS aconteceu em meados de outubro do nosso calendário (entre dos dias 15 e 21), que é quando, em Israel, ocorre a chamada "Festa dos Tabernáculos", profetizando que um dia , próprio DEUS tabernacularia entre os homens, o que aconteceu quando JESUS nasceu (MT. 1:25; JO. 1:14).

Ora, JESUS nasceu em outubro, então porquê a festa em 25 de dezembro? Porquê, se a comemoração é do nascimento de JESUS - mesmo fora da época - escolhem como ícone do "natal" um velho barbudo com roupas vermelhas e um saco de presentes? Porque o pinheirinho ou árvore de natal (o costume de enfeitar árvores é mais antigo que o próprio Natal. Já antes de Cristo praticamente todas as culturas e religiões pagãs usavam enfeites em árvores para celebrarem a fertilidade da natureza. Os romanos adornavam as árvores em honra de Saturno, que era o seu Deus da agricultura. No Egito era hábito, no solstício de Inverno, trazerem ramos verdes para dentro das suas casas, como forma de celebrarem a vitória da vida sobre a morte. Os druidas Celtas, em épocas festivas, decoravam os carvalhos com maçãs douradas. Os primeiros registos da  adopção da árvore de Natal pelo cristianismo surgem do norte da Europa no começo do século XVI, embora tudo indique que por essa altura já era uma tradição vinda da época medieval, pois há registos de “Árvores de Natal” na Lituânia cerca do ano de 1510). No topo do pinheirinho ainda colocam uma “estrela cadente”, o que ela representa?
Porque as guirlandas? (A origem da guirlanda natalina, ou coroa de Natal, é anterior ao cristianismo. Ainda na época dos gregos pagãos, elas eram colocadas nas portas de entrada como um “adorno de chamamento” aos deuses, ou seja, um sinal de boas-vindas).

Resultado de imagem para São Nicolau de Myra x Papai noelQuantos pararam para ir examinar a origem dessa comemoração? Quantos descobriram que o "papai noel" não é outra coisa senão a representação do Santo Nicolau de Myra, um bispo da igreja católica romana que foi "canonizado" pela mãe das prostituições da Terra? Quantos estão cegos para o fato de que, ter uma imagem do "papai noel" em casa, ou no que quer que seja, é tão ofensivo a DEUS quanto possuir a imagem da "Aparecida", da "Virgem", de "Fátima", ou de qualquer outro "santo"? Quantos estão claros à idolatria que praticam, ainda que "uma vez no ano"?

É interessante que mesmo JESUS falando que "quem não entra pela porta" é "ladrão e salteador" (JO. 10:1), e mesmo todas as lendas mostrando o velhinho entrando "pela chaminé" (e não pela porta), apesar disto, as pessoas não veem a malignidade dessa figura que, ao longo dos anos, tem "roubado o lugar de JESUS" da vida da maioria das pessoas!

Quantos ignoram que a data de 25 de dezembro e as festividades dessa data vêm de uma prática pagã, idólatra, muito antes do nascimento de JESUS? Como posso honrar a JESUS festejando algo que a Sua Palavra condena? Quer comemorar o nascimento de JESUS, comemore na data certa!

Depois as pessoas vêm com aquele papo furado, aquela conversa do inferno de que, não importa a data, o importante é comemorar... Isso é mentira!
Porque não comemoram então o próprio aniversário numa data totalmente estranha e bem distante de quando nasceram? Outra coisa, porque em vez de fazer menção delas próprias, não permitem que as pessoas comemorem seus aniversários com imagens de outra pessoa?

Vê, caro(a) leitor(a)? A sutileza do diabo? Leva as pessoas a comemorar um ídolo, fazendo-as pensar que estão honrando JESUS!
Leva as pessoas a ofender a DEUS, e pensar que estão fazendo algo bom...

Isso chocou você? Então busque a Verdade! Busque a CRISTO! E não "siga com a multidão fazendo o que é errado".

sábado, 26 de outubro de 2019

Abandono Intelectual

O que é o "abandono intelectual"?

O Abandono intelectual é um crime tipificado no artigo 246 do Código Penal e ocorre quando o pai, mãe ou responsável deixa de garantir a educação primária de seu filho.
Interessante, que é o que diz a lei… No entanto, magistrados em nosso pais precisam, de fato, entender o que é o “abandono intelectual” e visitar algumas famílias cujos filhos estudam nas escolas públicas, pois aí sim, posso afirmar, perceberão que a maioria das crianças que estudam nas escolas estão em abandono intelectual.
Eu penso que, aquela criança – aluna de uma escola, matriculada e frequentando a escola – mas que, em contrapartida não tem qualquer acompanhamento dos pais quanto ao que está (se é que está, de fato) aprendendo dentro da sala de aula, esta criança, está em abandono intelectual.
O fato de uma criança estar frequentando a sala de aula, não significa que não esteja em abandono intelectual… Quando essa criança não é acompanhada pelos pais, quando seus pais não se importam se ela está ou não tendo qualquer avanço em sua aprendizagem, isso é abandono intelectual. Ela vai para a sala de aula, mas “não aprende”, porque simplesmente não tem como o professor cobrar dela a aprendizagem, pois, se o fizer, será perseguido pela lei…
Sim, posso afirmar sem medo, porque sou professor… Tenho alunos que estão na sala de aula apenas “fazendo número” (e não me refiro ao fato de que estão escrevendo números), estão, na maioria das vezes ali porque são obrigados pelos pais, que, por sua vez, são forçados a matricular seus filhos em alguma escola próxima de sua casa. No entendo, essas crianças não estão nem aí para o esforço do professor em proporcionar-lhes alguma aprendizagem acadêmica, educacional, escolar.
Reúnem-se em sala de aula não para aprender algo, mas para extravasar a energia infante, para bagunçar, para tentar descobrir seus limites, já que, em suas casas, estes não lhes são dados, pois os pais já não conseguem conter seus filhos. Mesmo porque, a chamada lei da palmada determina que a criança ou adolescente não pode ser submetida a qualquer tipo de castigo… Como, pois, os pais poderão corrigir seus filhos? A própria Bíblia Sagrada recomenda o uso da “vara da correção” para educar a criança, mas algum louco e estúpido, julgando-se mais sábio que o próprio Criador, criou essa lei que tem mais causado dano do que ajudado as famílias do Brasil.
Daí que encontramos, nas escolas, de um modo geral, não mais alunos comportados, obedientes, morais, respeitosos, em processo de formação de cidadãos de bem… Não! Pelo contrário… Os alunos já não caminham em “fila”, andam como um “bando” ou uma “matilha”… E, se o professor descuidar um momento, quase “devoram-se” entre si.
Das bocas dos alunos, já não se ouve “por favor”, “com licença”… Mas os palavrões mais variados fazem parte do seu vocabulário, e não se envergonham de pronunciá-los diante dos mais velhos… Respeito pelo professor? Qual o quê! Não sabem o que é isto!
Mas esse tipo de comportamento é tido como “normal” numa sociedade que, a cada dia que passa, retrocede mais em comportamento e se aproxima das bestas do campo… Porém, quando uma família, vendo o estrago causado pelo ambiente escolar, deseja dar ao filho uma educação de qualidade, suprindo sua especificidade humana, e lhe proporcionando uma aprendizagem em muito, superior àquela ofertada pela escola, essa família é perseguida, e acusada de abandono intelectual por homens que, por sua posição, deveriam entender de fato o que isso significa… Entretanto, a escolarização (e não a educação) se tornou uma questão de honra – se os magistrados e promotores atuais soubessem o que é isso! O fato é que não aceitam ser contrariados! Não têm humildade para ver o quanto a educação domiciliar é superior aquela ofertada nas escolas, o quão mais avançado é tal sistema de ensino… Não apenas pelo carinho e cuidado dos pais pelos filhos, mas também pela gama de recursos que uma família pode dispor para seus filhos, ao contrário da escola…
Isso é medonho! É tacanha a ignorância demonstrada por homens em posição de juízes, que, infelizmente, estão muito aquém em conhecimento do que deveriam. Quem sabe, se fossem criados num lar que praticasse o homeschooling, seriam melhores juízes… O problema é que suas mentes foram deformadas pelo sistema educacional retrógrado e deformador, que não ganhou quase nada ao longo dos anos… As mudanças – quando há – são mínimas…
Resultado de imagem para indisciplina na sala de aulaSem falar no fato de que os alunos são “aprovados” e “passam para a série seguinte” sem ter, na verdade, o mínimo de conhecimento necessário para tanto! E por quê? Por causa de um sistema corrupto, de uma politicagem suja e nojenta, que não quer cidadãos críticos e pensantes, mas quer, sim, bestas ignorantes, que mantenham o sistema como está.
Enquanto você está lendo este artigo, homens com suas togas pretas, aparentando bom senso – mas totalmente desprovidos dele – estão perseguindo e processando famílias que estão educando seus filhos fora das escolas, fora do que, há muito tempo, deixou de ser um ambiente de aprendizagem e formação de cidadãos. Escrevo como alguém que está dentro das salas de aula, sofrendo a selvageria de um bando de crianças sem limites, sem educação, sem moral e sem qualquer esperança de mudança, se não for feito algo à respeito!
Professores estão ficando doentes, tendo que se drogar (fazendo uso de psicotrópicos) com acompanhamento psiquiátrico, para poder se manter em sua profissão que, sinceramente, virou mais um “front” de resistência por parte daqueles que realmente se importam com a moral, o respeito e a verdadeira educação.
Desafio os “doutores da toga preta”, a passar uma semana numa sala de aula de uma escola pública!
Deveriam, antes de processar os pais que educam os filhos em casa, comparar os resultados que esses pais têm educando em casa, com aquele que as escolas apresentam! Deveriam fazer uma avaliação comparativa… Os dados estão aí para quem quer ver… O desempenho de uma criança homeschooler sobrepuja em muito o de uma criança “escolarizada”.
Mas, talvez seja este o medo deles! Que essas famílias homeschoolers formem futuros juízes, que não se deixem conspurcar pela peita!

sábado, 24 de agosto de 2019

A EDUCAÇÃO ONTEM E HOJE

        Em se tratando da educação (embora eu prefira o termo “ensino”), se olharmos o passado e compararmos com o presente, poderemos ver um gritante distanciamento entre o resultado da educação do passado, e o que presenciamos atualmente. Há uma diferença abissal entre ambas.

        A despeito do que possa ser dito por aqueles que hoje são tidos como os fundadores da “Nova Escola”, dos novos métodos e práticas educacionais, não há como negar que, embora pareça que as escolas do ensino fundamental hoje sejam mais “avançadas”, “modernas”, etc. – o que não deixa de ser verdade, se compararmos as tecnologias dos dois tempos – é evidente que o sistema educacional do passado produziu “bons frutos”, cidadãos respeitosos, enquanto que o atual sistema de ensino tem formado ignorantes brutos, com quase total ausências de valores éticos e morais, indivíduos preocupados unicamente com o bem estar próprio.

        A sociedade, como um todo, perdeu o bom senso, perdeu a direção, e isto é notório! Basta uma olhada à nossa volta!

       Nunca a sociedade esteve são bem amparada por tecnologias de ponta, nunca, em toda a história tivemos tantos recursos em nossas mãos, recursos que deveriam causar uma revolução na educação de nosso país, uma revolução benéfica, porém o contrário é o que tem acontecido!

       As tecnologias da informação – a informática – e os avanços tecnológicos de um modo geral, colocam à disposição de professores e alunos um universo quase ilimitado de informações; porém, o resultado desse excesso de informação tem sido uma DEFORMAÇÃO DO INDIVÍDUO, e não a formação de MELHORES CIDADÃOS.

       Isto porque, junto com o avanço tecnológico, houve também um desvio de valores, e a ausência de valores de um grupo social, com as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) são disseminados com uma velocidade acima da compreensão humana.

       A criação de leis como o E.C.A., tem enfraquecido – senão tirado de todo – a autoridade dos pais sobre os filhos, dos professores sobre seus alunos, dos patrões sobre seus empregados, e a figura da autoridade, de uma forma geral, tem sido solapada em todos os cantos da sociedade.

       A ordem deu lugar ao caos, a obediência deu lugar à rebelião, o respeito deu lugar ao desrespeito, a moral à imoralidade…

       Os jovens já não respeitam aos mais velhos, os garotos já não são cavalheiros respeitosos com o sexo oposto, e a bestialidade assumiu o lugar da humanidade.

        Outrora, nas escolas, a figura do professor era equiparada à dos pais… Os alunos sabiam que a escola era (e ainda é) uma extensão de suas casas. A autoridade dos pais era reforçada pelos professores, e a destes, reforçada pelos pais… Pais e mestres se uniam para formar cidadãos honestos, críticos, respeitosos, trabalhadores.
        Para tanto, disciplinas escolares como Educação Moral e Cívica traziam o entendimento correto do patriotismo, do devido respeito aos símbolos nacionais como a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, e às Armas Nacionais. Traziam também o entendimento do devido respeito e obediência aos mais velhos, por serem portadores de uma sabedoria prática, adquirida pelos anos de experiência. A disciplina de O.S.P.B. – Organização Social e Política Brasileira introduzia os alunos no conhecimento da organização da sociedade, dos órgãos públicos, municipais, estaduais e federais, bem como lhes dava uma medida de conhecimento político para saber o que cobrar de seus representantes políticos – vereadores, governadores, senadores, presidente. O Ensino Religioso, ainda que dentro da liturgia católica romana, dava, no entanto, aos alunos o conhecimento da fé cristã – nada mais coerente para um país que se intitula um país “cristão” (?). Havia, ainda, Técnicas para o Trabalho, onde os alunos eram iniciados em pequenos trabalhos manuais… meninas nos afazeres femininos, como costura, bordado, crochê, etc., e os meninos em atividades masculinas, como pequenos reparos domésticos, e serviços que poderiam fazer para ajudar os pais. Os afazeres domésticos eram contemplados em tais aulas.

        O resultado dessa educação “retrógrada” como podem chamar alguns defensores da nova escola, foram cidadãos começaram muito cedo a ser responsáveis, pessoas trabalhadoras, respeitadoras da propriedade alheia, pessoas que se relacionavam com cortesia umas com as outras. Os alunos respeitavam seus professores, havia ordem nas salas de aula, e um conhecimento privilegiado era compartilhado ali.
        Hoje, o que temos? Mais de 90% dos professores usando psicotrópicos, antidepressivos, para conseguirem se manter diante dos alunos que, em momento algum respeitam o profissional que está diante deles, que, aliás, nem conhecem o conceito – quem dirá a prática – de palavras como respeito, solidariedade, moral, civismo.
        A sala de aula tem se tornado um verdadeiro “covil”, onde um bando de “lobos”, ou “bestas” mostra-se hávido por destruição, por expressar plenamente seus instintos animais… Da boca dos estudantes de hoje emerge um mar de palavrões, impropérios, obscenidades… E não só de seus lábios, mas até mesmo em ações.
        Se um professor tenta lhes mostrar o erro de suas ações ou palavras, este é agredido verbalmente – e até fisicamente – pelas “doces” crianças, que, aos olhos dos defensores do E.C.A., só têm direitos e praticamente nenhum dever.

        As crianças já não podem ser alvo de repreensão ou de castigo, sendo deixadas entregues à si mesmas, quando a Bíblia, na verdade, afirma que a aplicação da “vara da disciplina” livrará suas almas do inferno – Provérbios 23:13, 14.

       É uma idiotice alguém julgar-se mais sábio do que Salomão – o homem mais sábio que já pisou nosso planeta! Pior, que isto, julgar-se mais sábio que o Grande Arquiteto do Universo, que criou leis perfeitas, que inspirou homens como Salomão a registrar pequenas partículas de Sua sabedoria.

      O abandono dos princípios estabelecidos pelo Grande Arquiteto e Construtor do Universo, só tem levado a sociedade ao caos, à ausência de solidariedade, à perder o senso da liberdade e da fraternidade que deveria permear todos os relacionamentos sociais. Pelo contrário, o que prevalece na sociedade, e mormente nas instituições de ensino, é a “lei da selva”, onde o mais fraco sucumbe diante do mais forte, como se, entre os homens, devesse prevalecer o que chamam de “seleção natural das espécies”.

       Liberdade, Fraternidade e Solidariedade deveriam ser evidentes em todas as áreas da sociedade, e não a competitividade e a busca pelo lucro a qualquer preço!

       A indisciplina demonstrada nas salas de aula de hoje, o baixo nível de aprendizagem demonstrado pelos alunos, a falta de respeito e a imoralidade gritante da sociedade deveriam bastar para mostrar que a escola da forma como foi “remodelada” pelos novos pensadores, fracassou!
       Por essa razão, ao meu ver, um mínimo de bom senso deveria levar as pessoas a comparar o “fruto” produzido pelas escolas e instituições educacionais, e aquele que tem sido produzido no seio das famílias que praticam a Educação Domiciliar! Contra fatos não há argumentos! Nos países onde as famílias têm total liberdade de educar seus filhos em seus lares – longe das escolas – o resultado tem sido estudantes muito melhor qualificados para resolver problemas, do que os que se formam nas escolas “tradicionais”. Qualquer pesquisa séria demonstrará isto!
       Claro que só quem tem bom senso, e deseja melhores cidadãos, é que levará uma pesquisa de tal envergadura a sério! Os dados estão aí para serem vistos!
        Até quando vamos produzir párias em nossa sociedade? Até quando vamos tolerar que a verdadeira educação seja solapada por um amontoado de conteúdos ineficaz?

        Fica para você pensar a respeito!



terça-feira, 2 de abril de 2019

A Educação Domiciliar - Fatos e Mitos

Antes de qualquer coisa, leia este artigo:


Afinal, o que é esse tal de Homeschooling, e porque tantas pessoas são contra?
Já há vários anos que um grande número de famílias brasileiras optaram por educar seus filhos no aconchego de seu lar. São pais e mães que, acima de qualquer coisa, priorizaram dar para seus filhos uma educação de qualidade, fora dos muros das escolas.
Para aqueles que acham que a educação domiciliar “não dá certo”, ou que “o ensino domiciliar não satisfaz a necessidade de aprendizagem da criança”, e que “só a escola é a instituição responsável pela educação”, recomendo a leitura de alguns artigos de notícias de países do 1º mundo.
Por exemplo, na Finlândia, país que detém o 1º lugar em educação no mundo, vemos que “aplicam-se nas escolas os princípios do homeschooling” – confira a Notícia – razão pela qual nesse país, a educação serve de modelo para o resto do mundo.
Observemos que “não trata-se de famílias aplicando em casa os princípios educacionais das escolas, mas o contrário”.
Isso por si só já deveria fazer os intelectuais de nosso país parar para pensar…
O Brasil, por sua vez, está em penúltimo lugar no ranking de educação do mundo (confira aqui).
Mas claro que a educação domiciliar não é para todos, pois nem todos estão dispostos a colocar seus filhos como uma das prioridades em sua vida. Somente as famílias que prezam pela educação de seus filhos e não pela escolarização – porque há uma grande diferença entre “escolarização” – aprendizagem adquirida nas escolas – e a “educação” – aprendizagem (inclusive e principalmente de valores familiares) adquirida no âmbito do lar.
O que ocorre em nossos dias é que um número muito grande de famílias vive uma rotina diária em que pai e mãe saem para o trabalho, tendo que relegar o cuidado de seus filhos a terceiros, já que estão preocupados em ganhar dinheiro para sustentar o modo de vida que escolheram.
Tais pais não percebem que educação se dá em casa, e que a escola – para quem a escolhe – é tão somente um lugar “a mais” onde se pode adquirir conhecimento. Ignoram também o fato de que escola alguma jamais dará a seus filhos um atendimento que satisfaça a especificidade e o ritmo de aprendizagem de cada um, ignorando ou simplesmente deixando de lado as necessidades específicas de cada criança. Isto porque, na escola, a criança é “apenas um número”, “uma matrícula”, pela qual o governo repassa à escola uma certa verba para que esta “formate a mente da criança” de acordo com os valores que a sociedade (e não a família) deseja.
Além disso, por melhor que seja o professor que leciona na escola, há alguns fatos que não podem ser ignorados:
  • Ele tem que atender uma turma com, no mínimo 25 a 30 crianças, o que impede que atenda a especificidade de cada uma;
  • A superlotação das salas de aula, somada ao conteudismo (excesso de conteúdo) exigido pelas secretarias de educação, impede que os professores vejam os assuntos ministrados com a devida profundidade e atenção, limitando-se tão somente à uma visão superficial dos conteúdos propostos;
  • No ambiente familiar, há um envolvimento emocional e afetivo entre educador e educando, o que não existe na sala de aula;
  • No ambiente familiar os pais educadores têm a oportunidade de detectar as dificuldades específicas de seus filhos, podendo atendê-las de forma direcionada e exclusiva – o que não acontece na sala de aula, pois o professor não pode se dar ao luxo de atender CADA aluno em sua dificuldade, fazendo suas avaliações EM MASSA. Isto significa que se o aluno tem alguma dificuldade, ficará para trás, e se tem alguma “superdotação”, ficará aquém do que poderia estar, pois as escolas não têm condições de atender os alunos superdotados, além do fato de não conseguir atender a contento aqueles com dificuldades de aprendizagem. 
Os pais de hoje (a maioria) não têm tempo para seus filhos, e a família brasileira está ficando cada vez mais isolada, e as crianças sofrem com tudo isso. Sofrem porque precisam de limites, precisam de carinho, muito mais do que de presentes. Em lugar de “presentes” eles precisam de pais presentes!
As escolas têm se tornado “depósitos de crianças”, e a “socialização” de que tanto falam, quando alguém declara que pratica o homeschool ou “educação domiciliar”, tem tão somente demonstrado que é um fracasso.
Estatísticas e estudos empíricos ao redor do mundo têm demonstrado que as crianças cujos pais praticam o ensino/educação domiciliar têm um desempenho muito superior nas avaliações acadêmicas que as crianças que frequentam a escola regular. Empresas nos Estados Unidos dão preferência à contratação de adolescentes e jovens homeschoolers do que a jovens que estudam em escolas.
Veja aqui um dos resultados dessas pesquisas:
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=153
Se, portanto, as crianças aprendem mais e melhor em casa, porque se opôr às famílias que querem adotar tal prática? Não se está impondo que todos tirem seus filhos das escolas… Pelo contrário, se está reivindicando o direito de atender às especificidades dos filhos, algo que a escola não tem condições de atender!
A Educação Domiciliar tem demonstrado ser muito superior à educação escolar! Contra fatos, não há argumentos, exceto, é claro, a má vontade e ignorância daqueles que se negam a ver a realidade dos fatos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Socialização escolar: a socialização que não deu certo [Parte 2]



O IMPACTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Espaços públicos, frequência obrigatória, separação das crianças por idade, conteúdo único, avaliações constantes, horários fixos: o terreno estava preparado para uma ruptura ainda maior entre as famílias. O enfraquecimento da família começou mais intensamente com a revolução industrial.

No período colonial, as famílias eram pequenas unidades econômicas, autônomas e livres. Todos estavam envolvidos com a família, não havia distinção entre estudo e trabalho, nem havia necessidade de socialização porque as famílias eram numerosas e ajudavam-se mutuamente na comunidade em que moravam. Os tutores trabalhavam nas casas e eram quase membros da família, tamanha era a intimidade que compartilhavam. O trabalho nas fábricas alterou esse modo de vida e o conceito de trabalho e educação.

A revolução industrial tirou os pais do lar e desvinculou dele a atividade econômica produtiva; além de esvaziar as casas, deixou-as sem sentido ou propósito. As mulheres foram as primeiras a sentir o impacto dessa revolução e a atitude enérgica que tomaram contribuiu ainda mais para o declínio da educação familiar. O tempo com os filhos diminuiu bastante e a educação dirigida pelos pais tornou-se impraticável. A escola floresce num mundo positivista, que passou a olhar as crianças como números e objetos de verificação e aperfeiçoamento para o trabalho nas indústrias. “As escolas”, como afirmou Gatto, “tornaram-se enormes laboratórios de psicologia comportamental, ensinando que o livre arbítrio, mesmo em questões tão básicas como a necessidade de urinar, deve ser subordinado aos caprichos de quem têm o poder”.


A revolução sexual foi também responsável pela queda da natalidade nas famílias e total ausência dos pais em casa, pois pai e mãe agora saíam para o trabalho fora do lar. As crianças tiveram que se adaptar aos horários dos pais, e o trabalho, que antes era visto como parte da unidade familiar, passou a se utilizar da criança como mão-de-obra barata. Surgiram as primeiras legislações proibindo essa prática e a escola foi o grande escape para as crianças abandonadas em seus próprios lares. O lar, como o centro da educação e socialização, foi transferido para os enormes prédios, mais parecidos com prisões do que com ambientes saudáveis de convivência.

Além disso, e talvez como resultado da necessidade cada vez mais crescente de profissionais terceirizados e especialistas, muitos pais e mães perderam a confiança em sua capacidade de criar e educar seus filhos porque acreditaram que não possuíam informações e aptidões necessárias para desempenhar tal tarefa. Os ecos dessa crença é sentido hoje: eles não só aceitam a ideia da escola indispensável na formação educacional como também se voltam para os especialistas em todas as demais áreas da vida, pois presumem que eles sabem o que é melhor para as crianças. A respeito disso, Neil Postman, no seu livro O Desaparecimento da Infância, comentou:


Conhecimento e trabalho andam de mãos dadas e possuem significados diferentes em cada época da história. Desde a Revolução Industrial, o trabalho e a educação foram concebidos para formar trabalhadores úteis ao sistema. A socialização distante da família é a inovação que a Revolução Industrial sacramentou como único caminho para a vida adulta. A socialização familiar e comunitária é a norma que permanece desde que a humanidade veio a existir.

O convívio social da criança assume um aspecto singular ao longo da história. Há momentos de muito enriquecimento desse convívio; em outros, negligência; e ainda em outros, uma completa distorção do sentido. Mas, em nenhum momento, pode-se dizer que a criança não está socializada, embora é possível dizer que ela está muito perto de se tornar um selvagem.
(Continua...)
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Adna S Barbosa

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Socialização escolar: a socialização que não deu certo [Parte 1]

No Brasil, a educação domiciliar tem conquistado adeptos a cada ano. Não é de admirar, diante do caos educacional evidenciado no analfabetismo funcional, disfunções sociais e psicológicas relacionadas ao ambiente escolar, frustração das expectativas a respeito de uma educação que se mostrou ineficiente para a vida.
É comum associar a educação à possibilidade de conquistar um trabalho. Com essa educação que temos aí, tanto o conhecimento como o trabalho saem perdendo, já que um e outro são interdependentes no sistema.  Uma educação enfadonha e sem propósito associada ao trabalho joga para este último um fardo difícil de carregar.

É por isso que hoje temos uma nova categoria de jovens, os “nem-nem”: nem estudam, nem trabalham. Esse contingente cresceu quase 6% de 2016 a 2017. A escola tirou o interesse natural pela busca do conhecimento e, ao mesmo tempo, deu ao trabalho uma conotação de extensão de um modelo maçante, que luta contra a vontade das pessoas. O que sobra é a busca por um prazer fugaz para escapar do fardo que é a vida.

Os principais motivos para o atraso escolar também estão incluídos nessas duas categorias: a necessidade de trabalhar e a incapacidade de acompanhar as imposições da idade e do currículo. Mais uma vez, o trabalho surge não como um projeto de vida promissor, mas como um lugar para onde se corre, fugindo de um ambiente que lhe causa atrasos. Esse ambiente é o lugar onde supostamente se busca o conhecimento. Porém, não se trata de um conhecimento que enobrece os que o procuram; pelo contrário, o sistema único e pré-moldado, que adota a padronização idade/série, exclui aqueles que não se adequam a ele. Tem-se então um dilema: a educação para um melhor lugar no mercado de trabalho promete crescimento, mas no processo, preocupa-se em selecionar os que se amoldaram ao sistema. Sair da escola é desqualificar-se para o mercado, e este só pode ser conquistado pela sujeição às exigências do padrão único educacional que desconsidera as aptidões e a individualidade dos que buscam o crescimento. No final das contas, a meta não é o trabalho nem a educação, mas o sistema.

Não satisfeito com seu fracasso, esse modelo recomenda a si mesmo como o único modo digno de aprender. Isso se revela no dado que mais chama a atenção: a evasão escolar. Não é sem razão: a desculpa da “evasão escolar” é usada para convencer a população da necessidade de matricular as crianças na escola. Embora não haja correlação alguma entre evasão escolar e o nível de educação no país, esse argumento é usado com fins publicitários que se utilizam do engano para ludibriar a maioria das pessoas, com o discurso de que a educação escolar compulsória é o remédio para as todas as mazelas. Isso é um tremendo paradoxo. Se a escola vai mal, outras formas de educar devem ser oferecidas e a escolha que mais der certo mostrará o melhor caminho para a educação no Brasil. No seu argumento em defesa da liberdade, Friedrich A. Hayek traz uma solução que se adequa à realidade:

"O máximo que podemos fazer é aumentar as possibilidades de que certa combinação de dons individuais e de circunstâncias leve à criação de algum novo instrumento ou ao aperfeiçoamento de um instrumento antigo, e melhorar a perspectiva de que tais inovações se tornem rapidamente conhecidas por aqueles que podem beneficiar-se delas."

Sem incentivo ao conhecimento e com prejuízo ao trabalho, a escola de hoje assume um lugar que não é seu: o lugar da família na construção das relações sociais. Como a socialização não pode ser aferida por dados, ela se torna a razão irrefutável de sua existência. A socialização escolar é mais uma falácia usada pelo Estado que visa preparar as pessoas para fazerem parte do seu sistema único, que combate o pensamento livre e a livre iniciativa, e que não tolera o diferente.

SOCIALIZAÇÃO ESCOLAR: UM PREPARO PARA A VIDA?
Uma das principais premissas do sistema educacional escolar é que as crianças precisam se preparar para a vida em sociedade. Sobre essa afirmação foram construídas teorias e elaborados meios para se atingir esse ideal. Os intelectuais e as escolas institucionalizadas integram as colunas desse pensamento e práxis.

Émile Durkheim, sociólogo francês que trouxe a obrigatoriedade escolar para crianças de 6 a 13 anos na França e a proibição do ensino religioso nas escolas públicas, desenvolveu a teoria de que o objetivo final da educação é a formação de pessoas que atuarão no espaço público. Para ele, a consciência individual é formada pela sociedade e a escola é o lugar para essa construção do ser social. "O indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende. E não poderá sabê-lo sem ir à escola, começando por observar a matéria bruta que está lá representada”, afirmou. Os ideais republicanos da educação pública, dominada pelo Estado, e laica foram postos em boa parte por Durkheim (Ferrari).
Essa socialização concentra seus esforços apenas na capacidade de atuar na esfera pública, secular e econômica. A socialização e a presença na escola, portanto, confundiram-se, tornando-se mutuamente dependentes e este conceito está profundamente enraizado no pensamento do brasileiro. É preciso esclarecer, no entanto, que antes da existência da escola, a sociedade já estava estabelecida, e antes das sociedades, estavam as famílias.

Mudanças na concepção da socialização


Resultado de imagem para alunos brigandoEntre o final do século 18 e o início do 19, o espírito nacionalista na Alemanha foi impulsionado após a derrota sofrida por Napoleão, em 1806. O filósofo alemão Fichte foi o primeiro a idealizar o modelo de escola gratuita e compulsória. Ele atribuiu a derrota alemã ao enfraquecimento da identidade nacional. Sua crítica foi que a Alemanha havia se tornado individualista e perdido o senso de comunidade que outrora fizera com que seus compatriotas sacrificassem o próprio bem-estar por amor à nação. Para ele, o pensamento livre do indivíduo e a sua liberdade de escolher de que modo conduziria sua formação foram as grandes falhas da educação tradicional. “Devo responder que esse reconhecimento e confiança no livre-arbítrio do aluno é o primeiro erro do antigo sistema”, disse. Esse modelo não atendia aos ideais de uma nação soberana. Foi quando o governo passou a decidir o que era melhor para o indivíduo, pois possuía a prerrogativa de lutar pelo bem comum (Hicks).
Sua ideia era condicionar as crianças para responderem aos ideais nacionalistas, forçando-as a sair da sua comunidade (famílias) para ocuparem o espaço onde aprenderiam a amar os outros, amar a nação, mais do que a elas mesmas. Foi assim que começou a escola gratuita e compulsório que hoje é chamada de lugar ideal para a socialização. O curioso é que esse projeto visava justamente o contrário da socialização. "É essencial", insistiu Fichte, "que desde o início o aluno deve estar contínua e completamente sob a influência dessa educação, e deve ser separado da comunidade e impedido de entrar em contato com ela".
Há claramente um tipo específico de socialização que a escola pretendia para as crianças: uma socialização para defender os interesses do Estado. O ensino tradicional visava fortalecer a identidade familiar e cultural, e por isso Fichte chegou ao ponto de dizer que a influência familiar era corruptora, ou seja, atrapalhava os ideais do Estado. Estava ali a sociedade ideal que mais tarde seria explorada por Marx. A escola ideal seria o ambiente utópico no qual todos poderiam cultivar o bem. A comunidade familiar era a vilã nesse processo, perpetuando tradições e valores individualistas que enfraqueciam o poder do Estado benevolente.
Essa concepção de socialização em massa mais tarde apareceria no Manifesto do Partido Comunista de 1848: "...o comunismo quer abolir as verdades eternas, quer acabar com a religião e toda a moralidade... [Os Comunistas] declaram abertamente que seus fins só podem ser alcançados pela derrubada violenta de todas as condições sociais existentes". Fica claro que para cumprir esse intento, far-se-ia necessário o rompimento compulsório das relações familiares para que apenas um espaço social fosse explorado com o fim de impor uma visão de mundo única e totalitária. Logo, aquilo pelo qual dizem batalhar é de fato o que eles querem matar: a diversidade social, o respeito pelas diferenças. A promessa é formar um grande família às custas da morte da família nuclear (Kuby).
A escola surgiu para buscar um ideal de governo, e não de um convívio em que se aprende com o diferente. Isso pode ser visto na padronização do pensamento que é conseguido à custa da liberdade. Para atingir esses objetivos, seria necessário o isolamento, a segregação por idade, a gratuidade e compulsoriedade da educação controlada pelo governo. Mas o preço pela gratuidade custou a liberdade das famílias. E essa tem sido uma das heranças malditas da institucionalização do ensino. O Estado, esse ser impessoal e poderoso, age supostamente em nome do bem através da educação. O professor americano John Taylor Gatto resumiu esse pensamento: “Nosso problema na compreensão da escolaridade obrigatória tem sua origem num fato inoportuno: o dano que faz desde uma perspectiva humana, é um bem desde uma perspectiva do sistema” (Lew Rockwell, 2010). A retirada do ambiente social foi a ideia central que norteou a formação da escola.
“É preciso uma aldeia para educar uma criança”, dizem os que defendem que a formação da criança deve ser feita fora de casa, nos espaços públicos. A aldeia, nos dias de hoje, ganhou contornos urbanos, com luzes incandescentes e imensos muros que em nada se assemelham às aldeias tribais cujo centro do saber estava na liderança máxima do clã. A aldeia se transformou num orfanato imenso, cercado por muros e equipados com sirenes, que segue padrões rígidos de horário. O que era para ser um espaço de convivência hoje é a mais pura negação do seu propósito. O que costumava ser um orfanato, lugar para crianças que esperavam a adoção, hoje se chama escola, um lugar para onde as famílias devem obrigatoriamente entregar as suas crianças aos cuidados frios de um Estado que mal sabe resolver seus próprios problemas.
Os defensores do modelo atual declaram que outras formas de educar, que por muito tempo foram e são ainda hoje praticadas com muito sucesso, não somente são insuficientes, como são danosas à vida em comunidade, e que, quando a família prioriza a transmissão de valores e tradições está sendo, na realidade, o pior inimigo da criança.
Sabe-se agora o que motiva aqueles que impõem a escolarização obrigatória: a hegemonia de pensamento e o controle do indivíduo, reduzindo sua vida a relatórios anuais usados para determinar quem são e como serão aceitos na sociedade. Isso não é socialização, é exclusão.
O argumento da socialização não é sobre as habilidades sociais da crianças. Crianças educadas em casa têm muito mais contato com pessoas, numa diversidade de idades, credos, sexo e cor, porque transitam por toda a parte, conversam e descobrem o mundo tal como ele é. A questão da socialização é querer que o governo dê forma às crianças. O medo do que os pais podem ensinar aos filhos em casa é a verdadeira preocupação do Estado que proíbe a educação familiar.
Continua...
Adna S Barbosa.

Originalmente publicado em

Feminina: Socialização escolar: a socialização que não deu certo [Parte 1]

domingo, 3 de fevereiro de 2019

HOMESCHOOLING - PORQUE TANTAS CRÍTICAS?

Com a posse do novo presidente (Bolsonaro), surge a nível nacional uma discussão sobre as mudanças que estão ocorrendo... Entre essas mudanças, um dos assuntos que tem dividido a opinião pública é a questão da educação, isto porque se apresentam mudanças que são favoráveis à prática do chamado "homeschooling" ou "Educação Domiciliar", situação em que os pais ensinam suas crianças em seus próprios lares, não as enviando para a escola.
Embora tal prática seja comum em muitos países, e no Brasil, ainda que na clandestinidade, seja adotada por mais de 7.500 famílias, só agora, que o atual presidente se mostrou favorável, o povo ─ na maior parte ignorantes sobre o assunto ─ tem se lançado a tecer críticas, e das mais abjetas possíveis, sobre a prática do homeschooling.
Esse mesmo populacho que hoje tece tais críticas, nada falou quando o sistema educacional brasileiro deixou de ensinar sobre Moral, Civismo, Religião, Patriotismo e outras disciplinas que faziam da escola um lugar decente, onde as crianças aprendiam a respeitar e obedecer os pais e os mais velhos, quando aprendiam a reconhecer e respeitar a autoridade em todo e qualquer lugar. Quando na escola, assim como em casa, se podia ensinar a justiça - onde o bom é recompensado e o mau é punido e corrigido.
Quando disciplinas como Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil (OSPB), Técnicas para o Trabalho e Ensino Religioso foram extintas, onde estavam os críticos ignóbeis de agora?
Quando o governo criou leis que impediam que a criança fosse corrigida ou punida, onde estavam os críticos?
Quando a escola deixou de ensinar assuntos condizentes com a nossa realidade, trazendo para dentro da sala de aula festividades estrangeiras como o Halloween (dia das bruxas), quando começou a aberração da assim chamada ideologia de gênero, onde estavam? Desses que hoje criticam, certamente a maioria é daqueles pais que não estão preocupados com o tipo de pessoa que seus filhos se tornarão, pois o que querem é ficar comodamente tratando de seus assuntos, delegando a educação de seus filhos, que é obrigação dos pais desde os primórdios da civilização, para terceiros, sem sequer acompanhar o andamento da aprendizagem e do comportamento de seus filhos.
Não é à toa que vimos, nos últimos 16 anos de governo, ladrões, corruptos, verdadeiros pulhas, em posição de autoridade sem, no entanto, ter autoridade para o papel que desempenhavam... Como pode um presidente sem educação mudar a ortografia brasileira, e ainda ser reconhecido na Academia Brasileira de Letras? Isso não é piada? Não, foi realidade! Lula, um completo ignorante, cercado de pulhas, fez isso... Depois veio a Dilma, com suas colocações no mínimo estapafúrdias e estúpidas... Mas o povo, tão acostumado à vileza de seus governantes, à pauperridade de seu sistema educacional, agora estranha e critica quando alguém se põe a colocar o trem novamente nos trilhos.
E para aqueles que acham que a educação domiciliar é algo "novo", deixo a frase do Rei Salomão, o homem mais sábio que já existiu, registrada no livro de Provérbios, no capítulo 1, e no versículo 8:
"Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe," (Provérbios 1:8)
Para quem não sabe, acredita-se tradicionalmente que a compilação inicial de Provérbios tenha ocorrido durante o reinado de Salomão em Jerusalém, entre 1015 a.C. e 975 a.C.
Ora, a instrução "do pai" e o "ensinamento da mãe" são, para o bom entendedor, e que sabe interpretar corretamente o texto, um claro indício de que a educação é, de fato, dada em casa - e não na escola.



Isso por si só já basta para calar os falastrões de plantão.