sábado, 28 de março de 2015

É culpa dos professores, MacDonald, FHC, menos dos incompetentes

O assunto da semana que se encerra foi, sem dúvidas, o abusivo, irresponsável e fora de hora, aumento do IPTU na cidade. E alguns, supostamente bem informados, apoiam a iniciativa pois poderá cobrir o aumento concedido por lei e não cumprido, aos professores.

Outros não se esquecem da administração passada, confirmam que a divida milionária deixada por MacDonald causa estragos até hoje, coisa de 30 milhões. Sem dúvidas, um montante desses, causa  problemas futuros mas vamos nos ater a um detalhe, muito menor, mas muito menor mesmo que os 800 milhões informados quando do inicio da atual gestão e dai, partiu-se para o vício da mentira ou desvio, do conhecimento público, da real verdade.

Antes de mais nada, não existiu um aumento na alíquota do imposto e muito menos ajustes no valor venal do imóvel, o que fez a prefeitura e seu órgão competente, foi aumentar - e muito - a metragem de cada imóvel fazendo com que o valor desembolsado no ano anterior, fosse metade ou menos do que se cobra hoje, mas você conhece alguma moradia ou comércio que teve sua área útil construida dobrada nos últimos anos?

Chega-se ao cúmulo de uma cada passar de 300 metros para 600 metros. Sabendo-se dos benefícios que qualquer deputado faz questão, vale lembrar que os imóveis - casas - cedidas aos mesmo em Brasília, são imóveis de 200 metros quadrados e então fica a questão, se lá é assim, estranha o fato dos inquilinos da Capital Federal morarem em um cubículo. Você já viu o tamanho do seu imóvel?

Tudo bem, se a questão é cobrir o aumento dos professores, achamos que o aumento de 1% na alíquota do IPTU já seria mais que suficiente para cobrir tal benefício, mas por que então tal aumento e com a possibilidade de aumento também na alíquota do Issqn?

Não tenho dados precisos para qualquer tipo de afirmação, mas baseando-se na saúde pública, o município quebrou. Se a situação local já era critica ficará pior ainda nos próximos anos pois o Brasil, como um todo, parou economicamente e a arrecadação vai para o buraco.

Sem arrecadação e com eleição no ano que vem, como fazer as mirabolantes obras que garantam votos? Só esfolando o bolso do já combalido contribuinte. E tem mais, qual será a verdadeira dívida da prefeitura - tem muita gente que não recebe - que causa arrepios na administração pois a Lei de Responsabilidade Fiscal pode engaiolar mal gestores?

Foi uma modesta análise do problema da cidade mas como político nunca, mas nunca mesmo, será humilde o suficiente para admitir suas deficiências, acaba a conta caindo nas costas dos professores, mal remunerados por sinal e, sem querer defender o passado, atribui culpa em quem já se foi, mas cortar na própria carne de jeito nenhum, né senhores.

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