É de praxe quando encontramos
amigos que trabalham no comércio da tríplice fronteira, e os negócios, como vai
indo?
Estamos numa época que a resposta
é sempre a mesma, acabou o dinheiro em Foz. Lojas no Paraguai que vendia coisa
de 200 mil dólares mensalmente para um certo cliente, hoje não atinge 60 mil.
Quem tinha coisa de 30 funcionários, dá graças a Deus por conseguir manter o
emprego de 20, isso do lado de lá na fronteira mas que tem reflexo imediato do
lado de cá.
O comércio de prestação de
serviços é afetado. Vamos pegar o exemplo de uma Auto Center. Há uma década
atrás a concorrência no setor era, digamos assim, equilibrada, todos
trabalhavam e ganhavam. Hoje, tais lojas se multiplicaram e a procura pelos
serviços despencou, justamente pela queda das vendas no Paraguai e o arrocho
aos turistas argentinos que inibem a vinda deles para essas bandas.
Outro termômetro é verificado
dentro das grandes redes de supermercados. Estão praticamente vazios e os
caixas, quase dormindo esperando os clientes com suas compras. É o reflexo do
momento que passamos apesar das autoridades não acreditar no fato e dizer a
verdade custa voto e sem ele, vai-se o cargo.
E como sempre, tem algo que
colabora com nossos comerciantes. Greves! Por ser fim de mundo aqui, como
alguns pensam, quando se pensa em reivindicar algo do governo brasileiro,
pensam em greve e começa por onde, claro, Foz do Iguaçu! Nãoé a toa que o atual
prefeito chiou uma barbaridade com os números da população da cidade do último
senso mas ele não considerou um detalhe, há excesso de mão de obra e falta de
colocação para os mesmos. Chega um ponto que resta somente a busca de novos
ares considerando-se também a criminalidade que, apesar dos esforços da
combalida segurança de Foz, fazem o possível tentando coibir tal prática.
E como dito, o discurso oficial
feito por gente, na pior das hipóteses, irresponsáveis tentam esconder o fato.
A “marolinha” não chegaria aqui. Chegou e é só o começo. Numa economia
globalizada, o Brasil se safou da crise americana em 2008 mas a da Europa, que
não dá sinais de recuperação, levará muito mais tempo para uma solução e os
países emergentes, será sim os mais afetados. Dentro de nossa casa podemos ver
que a indústria, mesmo com todos os subsídios, entra em ritmo de desaceleração.
A inflação é crescente e todo mundo sabe disso, vá comprar um kg de tomate e
veja se encontra por menos de 5 reais.
Pois é, a luz no fim do túnel vai
aos poucos se apagando. Mas não se apaga em Brasília que deveria criar leis e condições para que todo esse processo
não atinja nossos trabalhadores e empresários. Poís vejam, conforme o site
Congresso em Foco, “Os senadores gastaram mais com o mandato nos seis primeiros
meses de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. E quem paga a
conta é o Senado, que reembolsa as despesas dos parlamentares com atividades
atribuídas ao exercício do mandato. Apenas nos seis primeiros meses do ano, o
Senado ressarciu R$ 7,52 milhões de despesas dos senadores com combustível,
hospedagem, alimentação, aluguel de escritório, consultoria, segurança privada
e divulgação do mandato, incluídas na antiga verba indenizatória. Um
crescimento de 54% em relação aos R$ 4,89 milhões referentes a esse mesmo tipo
de despesa, considerado o igual período de 2011.” Leia a integra da matéria.
Assim sendo, volto novamente a
afirmar, a política de Foz no que diz respeito ao emprego e renda, deve traçar
novos caminhos. O Turismo em si, seja de negócios, passeios ou mesmo de compra
não podem ser colocados em segundo plano, mas deve se projetar um novo modelo
que supra as necessidades de nossa região.
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