Terminaram ontem os jogos
olímpicos de Londres e o que fica são as histórias para serem contadas pelos
quatro cantos desse mundo redondo.
Como é de praxe de político e
exaltando de que nunca antes nesse país se investiu tanto no esporte olímpico,
o governo esperava no mínimo 20 medalhas. Chegamos perto! Fechamos o evento na
vigésima segunda colocação com um total de 17 medalhas, sendo 3 de ouro, 5 de
prata e 9 de bronze. Se utilizado os critérios olímpicos para verificar a
classificação de um país, colhemos o segundo melhor resultado, ficando atrás de
Atenas em 2004 (veja quadro comparativo dos últimos 30 anos de competição).
Por outro lado, o COB planeja
para daqui a 4 anos e pelo evento ser no Brasil, figurar entre ao 10 melhores
países, deixar de ser figurante. Nessa, foram gastos pela entidade 11.610
milhões de reais fora o patrocínio das multinacionais. A grana correu solta.
Para chegar na meta pretendida
pelos eternos gestores do esporte olímpico brasileiro, é necessário um salto
que atinja o desempenho da Austrália nessa olimpíada ou seja, ganhar mais 4
ouros, 11 pratas e 18 de bronze. Com os pés no chão, não dá.
Não se faz um atleta olímpico em
4 anos e os que nessa estiveram e foram os alvos da mídia durante toda a
pré-temporada, decepcionaram, quando muito uma medalha de prata ou bronze, nada
mais. Os vencedores foram aqueles anônimos que chegaram, agarraram a chance e
vestiram de alegria a nação brasileira. Os medalhões literalmente amarelaram e
justo eles, que entram em fase de aposentadoria por idade, etc. Dá mesmo para
esperar algo?
Outra coisa é importante! Não
adianta investir pesado onde se sabe que o dinheiro acaba indo pelo ralo.
Presidentes de COB, CBF e outros “Ces” em funcionamento, é muito mais lucrativo
que ser deputado. Recebe verba pública aos montes e não presta conta e quando o
faz, é de forma parcial. Se um dia isso mudar e que a verba destinada seja
realmente utilizada no projeto fim, quem sabe tenhamos um rendimento
satisfatório daqui 8 anos caso contrário, o sonho será sempre 15 medalhas mais
ou menos.
Mas no fritar dos ovos, tivemos
alegrias com as meninas do vôlei, na ginástica masculina, grata surpresa no
Boxe e a última no pentlato moderno. Os esportes da elite decepcionaram, como o
hipismo e a vela e outros, esperança de medalhas foram mal, como a natação,
atletismo e o futebol de ambos os sexos, que não merece comentário.
Mas o que fazer pensando a longo
prazo? Deixo com vocês a opinião de quem realmente entende do assunto, a
palavra de Joaquim Cruz, conheça a trajetória dele e o que nos conta e faça um
comparativo para ver um pouco de razão na minha modesta explanação.
Ótima semana à todos.
Concordo que não se faz um atleta olímpico em 4 anos, para isso a base precisa ser incentivada a começar na escolinha do bairro e dai subindo nas escalas esportivas, municipal, estadual, brasileira, pan americana e assim competindo e ganhando experiência.
ResponderExcluirA prestação de contas do dinheiro recebido pelos “Ces” em funcionamento como vc cita precisa ser transparente e com controle externo na minha opinião para garantir a lizura dos gastos.
Realmente os vencedores foram aqueles anônimos que chegaram, agarraram a chance e vestiram de alegria a nação brasileira. Que no futuro próximo o investimento em esporte seja também uma prioridade aos governos.
Flavio Nakad é bacharel em direito e pós-graduado em Administração Pública pela FGV/Unibrasil