terça-feira, 3 de março de 2015

Pátria educadora e brecha jurídica no Petrolão

Marcos Mucciatto


PATRIA EDUCADORA
"Pátria Educadora" é o atual selo do impostor, mais uma galhofa nascida da imaginação do marqueteiro oficial, que fez da ignorância popular uma blague, em proveito político de um governo sem estofo. A verdade do aniquilamento do País não pode ser camuflada com neon.    O bêbado e a desequilibrada submetem-se de descompassadas expressões bombásticas do publicitário, que perdeu o contato com a realidade nacional e a inspiração profissional. Sob as asas da "Pátria Educadora", 14 milhões de analfabetos adultos (UNESCO) estagnam. Começam o ano com um corte de 30% das verbas destinadas às universidades federais para que os estudantes se certifiquem dos valores dados à educação. Com o barulho dos professores do Paraná, deixa o Governo Federal muito tranquilo. Muito suspeito a agitação daqui com os tambores da CUT  enquanto ninguém fala do TODO. Gostaria que os professores colocassem o IDEB como seu principal argumento de reivindicação.  Coitados dos alunos com estes governos e professores.

ENCONTRARAM A BRECHA JURÍDICA NO PETROLÃO
Agora ficou claro por que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse a um advogado de empreiteira, em reunião secreta, que a Operação Lava Jato "tomaria outro rumo" depois do carnaval e, portanto, ele "desaconselhava" que os executivos presos partissem para a delação premiada. Em conluio com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Cardozo despachou o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para o Tribunal de Contas da União (TCU), com uma Instrução Normativa redigida no Palácio do Planalto. Por essa Instrução Normativa, aprovada em tempo recorde, o TCU analisará concomitantemente com a Controladoria-Geral da União (CGU) os acordos de leniência firmados com o Estado. Isso garante que os acordos feitos no âmbito da CGU não correrão o risco de serem anulados depois pelo tribunal mesmo com um TCU dominado por PT e PMDB, as empreiteiras temiam essa possibilidade quando lhes propunham tal saída.
LIBERANDO OS LARÁPIOS
A aprovação da Instrução Normativa é péssima para o país e ótima para Lula, Dilma e os larápios associados porque: Acordos de leniência podem ser feitos diretamente com a CGU, sem passarem pela Justiça.  Dessa forma, contorna-se o juiz Sergio Moro.  Pelos termos de um acordo de leniência, as empresas reconhecem que praticaram os crimes, pagam uma multa e não são consideradas inidôneas. Podem continuar a assinar contratos com o governo em qualquer nível. Ao contrário do que ocorre com a delação premiada, elas não precisam contar tudo. Ou seja, que Lula e Dilma estão implicados até o pescoço no esquema do Petrolão.  A chance de Dilma sofrer impeachment reduz-se dramaticamente, visto que será quase impossível imputar-lhe o crime de responsabilidade. Sem o perigo de falência, as empreiteiras podem dar um grande cala-a-boca ou um aguenta-aí-até-chegar-no-STF aos executivos presos e aos seus sócios em cana, como Ricardo Pessoa, da UTC, que ameaçavam seguir o caminho da delação premiada. A ameaça de Ricardo Pessoa de partir para a delação foi decisiva para o Planalto armar rapidamente o golpe. Luís Inácio Adams percorreu freneticamente os gabinetes dos ministros do TCU, acompanhado do ministro Bruno Dantas, para aprovar uma Instrução Normativa, repita-se, redigida no Palácio do Planalto.Ninguém levantou a menor objeção. E se descuidar, o culpado ainda é o FHC. Triste, muito triste...


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