Pelo título do post, alguém deve estar achando que estou meio que pirado, na contramão da vontade popular. Muito pelo contrário, estou sim de saco cheio disso tudo e pior fico, quando sei, que não tenho saída, ou pago, ou pago. Tem cheiro de negociata nisso tudo quanto a aprovação ou não da nova taxação. Congressistas, na sua grande maioria e pela sua vocação, fazem jogo de cena, querem, digamos assim, um modesta contrapartida, que nós pagaremos, é claro.
Quem gerou tudo isso, esse arrombo nas contas públicas, fica saindo pela tangente. Como lhe falta capacidade de corrigir os erros que ele, governo, criou, tenta transferir a responsabilidade pela solução ao congresso, que refugou. Na sequencia, chamou os governadores para negociar apoio e como eles também estão famintos pelos mesmos erros de gestão cometidos, também querem um naco da grana. Claro que tem governador não aparecendo e jurando ser contra o novo imposto mas, como eles sabem que deve ser aprovado, favorável ou não, sua parte vai cair no cofre e para a plateia o discurso é um, atendendo anseio popular mas, no fundo, rezam pelos 0,18% em discussão, uma parcela pequenininha nas costas do contribuinte, como disse o ministro.
Se o governo, seja ele em que esfera for, criou uma situação de déficit, o mínimo que se espera que ele corte na própria carne para cobrir o rombo. A sociedade não foi consultada se isso ou aquilo, que levou aos caos, poderia ser feito. Foi bom enquanto serviu para angariar apoios e votos mas, quando você da algo para alguém, necessariamente deve tirar de algum lugar e esse lugar, na sua imaginação, é no bolso da classe que produz riqueza, eu disse, que produz riqueza e não aquelas que esbanjam tais riquezas.
Na semana reuniões e mais reuniões foram realizadas, ora para buscar apoio no que diz respeito ao aumento da arrecadação. Ora para definir se certo ministro deve ficar no cargo ou não ou viajando Brasil afora arrotando que um processo de impedimento é golpe. Em nenhum momento se falou ou muito pouco foi falado, quanto a extinção de ministérios que não servem pra nada. Se falou na redução dos cargos comissionados, lá instalados, para atender acordos espúrios.
Em vez de ressuscitar a CPMF ou com a sigla a ser lançada, por que não exigir lei do congresso reduzindo em 20%, 25% ou mais o salário de todos os cargos não eletivos do poder público, em todas as esferas. Foi proposto a extinção ou redução da transferência de recursos ao sistema S mas nadinha, nadinha a respeito de supostas ONG's que servem para manter MST's da vida em ação, causando danos de toda natureza em setores produtivos, caso da Araupel no Paraná.
Não se falou em reduzir o montante repassado aos sindicatos que passam o ano todo sem nada fazer de eficiente para o povo, a não ser de vez em quando, uma mobilização, para em seguida cobrar reversão salarial da categoria para encher os cofres e passar mais uma temporada numa boa.
Na próxima semana se cogita uma mobilização nacional, greve, contra a prorrogação do aumento salarial dos servidores e quem paga? O povo e o que é pior, duas vezes. A primeira é o transtorno pela falta dos serviços que são pagos para oferecer à população e o segundo é que, em todos os acordos, os dias trabalhados não são, geralmente, descontados. Oras, o serviço para qual são pagos não foram realizados no período da paralisação, por que não trabalhar e receber? Baseado num estúpido "direito de greve"?
Não se preocuparam também em reduzir, muito pelo contrário, aumentaram, a verba destinada aos partidos políticos, isso sim que é o nada indo a lugar algum.
O brasileiro, pela sua natureza, pode até entender uma nova contribuição provisória mas, antes de tudo, os governantes tem que ter ciência que o primeiro passo quem tem que dar são eles, cortar na própria carne. Dei pequenos exemplos onde a sangria dos cofres podem ser estancadas mas, se procurarem com mais cuidado, situações que podem cobrir o rombo está dentro, ou vizinho, ao próprio gabinete de cada gestor, basta querer, ter vontade, aceitar que não deve jogar nas costas do povo o resultado de seus erros, era isso!
Ótimo final de semana à todos.
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