A vereadora Anice Nagib Gazzaoui (PT) busca junto a seus pares na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, assinaturas suficientes para a instalação de uma comissão de inquérito para apurar a real situação financeira da prefeitura. Pelos fatos que narramos em seguida, deveria ser uma tarefa das mais fáceis para a vereadora mas como aqui, como acolá, política é feita entre quatro paredes e muita gente deve uma vela para cada santo, não deve ser uma tarefa fácil.
O orçamento municipal do corrente ano foi, senão o maior, um dos maiores orçamentos do município em toda sua existência e o que se vê é que são raras as benfeitorias feitas ao povo com dinheiro exclusivo de seu caixa, todas as obras lançadas são feitas com dinheiro federal ou estadual e se pergunta, e o resto?
Seria até convincente se dívidas fossem pagas mas o que se vê, em dois anos, o montante a ser pago cresce de forma esponencial, deve-se ao Hospital Municipal um cifre relevante, ventila-se que a empresa que presta serviço de coleta de lixo possui um cifra considerável a receber, funcuionários de empresas terceirizadas reclamando de atraso salarial e pode-se supor que a prefeitura não pagou pelos serviços prestados. Clínicas que interromperam atendimento pelo SUS por falta do repasse de verbas e assim vai...
Mas onde foi parar o dinheiro? Comno fica o caso dos uniformes escolares que conforme fonte de dentro da prefeitura, supostamente a vencedora da licitação já teria recebido o montante contratado - dias antes da eleição - e a m aioria dos alunos, há menos de vinte dias do término do ano letivo, nem viram a cor do prometido, licitado e não entregue? E a lei dos professores, criada sem a devida contrapartida financeira, cantada em verso e prosa e até agora nada?
Isso é uma pequena amostra e o que é pior, não existe uma justificativa que seja ao menos motivo de consideração. O eleitor, leigo no assunto e facilmente manipulado pela mídia, fica sem saber a real situação da coisa e o tamanho da dívida que está caindo em suas costas, sim, em suas costas, pois será você eleitor, na condição de contribuinte, que vai arcar com o ônus, quem gerou o problema, acaba ficando impune.
Sendo assim, não existe outra saída a não ser o apoio irrestrito a investigação proposta pela vereadora. Qualquer argumento utilizado para não se assinar o documento não passa de um mero argumento, nada mais. Os questionamentos ai estão, o montante devido hoje chega perto dos 100 milhões de reais, é certo, perante os eleitores, deixar a coisa correr e estar sujeito ver a dívida triplicar até o fim do mandato ou se dá um basta nisso o mais urgente possível?
Era isso hoje. Só queria o nome de quem não assinou, dois anos passam rápido...
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