Pois é, a jovem Ana Julia fez uso
da palavra na Assembleia Legislativa do Paraná e vendeu seu peixe. Seu
discurso caminhava até que bem, pela sua idade, até o momento que – acho que sem
querer ou perceber – usou uma tática comum nos dias atuais, transferir a
responsabilidade de alguém para outros e deu no que deu, virou celebridade, até
Lula e Dilma se encantaram com a menina e não sei se tal apoio é ou não
benéfico à ela, mas isso é uma outra estória.
Lendo sua entrevista ao jornal
Gazeta do Povo, em dado momento ela cita que “A medida provisória [que prevê a
reforma do ensino médio] não vai ser a melhor coisa pra gente. Nós queremos um
canal de diálogo, para que a gente possa participar dessa construção”. Suas
palavras demonstram falta de conhecimento no assunto ou um jogo de palavras
tentando justificar o injustificável.
A proposta visando alteração do
ensino, se ela não sabe, já caminha há mais de 10 anos e nasceu justamente
pelas notas de conhecimento obtidas pelos exames nacionais em vigor, tal como
IDEB, ENEM e assim por diante. O citado canal de diálogo que ela reclama,
esteve por 2 anos aberto para receber criticas e sugestões, no período de 2012
a 2014 e para sua ciência, tomo a liberdade de informar, que suas
professoras(es) sabiam do andamento do processo e, se não comunicaram os
alunos, faltou algum tipo de interesse naquele momento.
O Ministério da Educação, neste
momento, só está dando andamento a um processo que se arrasta faz tempo, como
já citado, e há uma verdade absoluta nisso tudo, o estudo é fraco,
principalmente quando se fala em português e matemática que são primordiais ou
ela tem ciência que vários cursos superiores se utilizam do primeiro ano para fazer
revisão de matérias básicas a toa?
No seu discurso ela tenta
transferir a culpa da tragédia para a sociedade se baseando em fatos que ela vivenciava.
Ela não citou em momento algum que no Cesmag, onde ela militou, sua mãe esteve
presente assim como seu pai, coisa que era proibida na maioria das escolas
ocupadas, inclusive proibiam a entrada de membros do Conselho Tutelar que em
razão do ECA, lá estavam para garantir a segurança dos jovens. É mais um tópico
que ela se contradiz.
Todo movimento não nasceu no
colégio que ela frequenta e pode ser que lá. No seu reduto, braços de partidos
políticos não entrem, mas é só lá. No resto o pai da criança atende pelo nome
de UPES, com apoio das APP´s da vida, PCdoB, Psol e os cambaus, ela pode ser a
líder – e assim será – no seu reduto, no restante não, é uma questão de
ocupação de espaço, a história que ela tanto admira, mostra isso.
Menina inteligente, de ótima
formação – mãe professora e pai advogado – quase acerta no seu intuito. Errou
ao mostrar que não conhece os fatos e falar sem possuir sustentação da fala e
pior, tentar tirar das costas dos idealizadores do manifesto uma culpa que, em todos
os sentidos, lhes são exclusivas. Mas ela é jovem e pode ser, futuramente, uma
liderança séria que precisamos, basta que, para tanto, tenha uma visão
abrangente a respeito das necessidades e anseios da comunidade e não seja mais
uma a usar viseiras de animais pois ai, só nos resta relembrar a canção dos
Hermanos,
Oh Anna Julia ah! Ah......
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