E já faz tempo isso, mesmo que hoje muita gente Brasil afora ainda adota tal ato de moralidade, dentro da classe política trata-se de um ser em extinção, se já não extinto. Digo isso baseado no Projeto de Resolução do Senado 37/2011, de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que impede a retirada de assinaturas de pedidos de comissões parlamentares de inquéritos (CPIs) depois de lidos em Plenário. Os parlamentares contrários à proposta defendem o direito de mudarem de ideia. A proposta está aguardando relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Isso é cômico, se não fosse o cúmulo do ridiculo. Parlamentares, lá, aqui e acolá, usam do artifício para medir a aceitação ou não da sociedade. Se uma grande parcela reclamar, o nobre vem à público dizer que, em nome do povo que ele representa, resolve tirar o apoio a uma CPI - que é o caso do Projeto - e não menos comum, que qualquer coisa que se busca apoio dentro das casas de lei. Mas não para por ai, outros vâo na mesma toada se a proposta causa problemas aos governantes da hora e aqui, a coisa é mais rendosa, quanto que se leva para retirar - ou mesmo inserir - sua assinatura em qualquer tipo de requerimento?
Ah seu eu fosse gerente de banco, não emprestaria dinheiro para essa turma de jeito nenhum. Imagina o dito cujo pegar a grana, gastar e depois, na base do jeitinho, me envia uma carta retirando sua assinatura do contrato. Estão rindo? Para levar vantagem essa turma congela água na base do sopro, se arrisque pra ver.
Assinatura de político é caso complicado. Alguns - raros por sinal - dispensam tal formalidade mas outros. Tem um sujeito em Foz e deve ter na sua região também, nobre leitor do blog, que se assinar um documento, mandar reconhecer sua firma, de posse do referido papel, tenho o cuidado de mandar reconhecer a firma de quem reconheceu a do político e mesmo assim, ainda fica uma ponta de insegurança. Não foi a toa que escrevi na última postagem, na quarta feira, a moral dos homens se torna, a cada dia, uma coisa rara, tudo se faz em nome das vantagens, próprias, de preferência.
Tem lá suas razões o nobre senador com relação à sua proposta, mas ela poderia ir além, muito mais além. Em vez de se até na segurança dos atos de cada assinatura, deveria atingir também o que se fala. Imagina você leitor, ter em suas mãos uma lei onde qualquer um que se sentisse prejudicado, poderia, mediante vídeo legítimo, cobrar na justiça a não realização de uma promessa feita para angariar favores - votos, no caso. O que teríamos de neguinho pendurados na brocha seria uma festa mas, há um porém, não existe tal lei pois neste caso acabaria com o horário - nada - gratuito para propaganda política, iriam falar o que? Da campanha do Foz Futebol Clube? Da noiva do Neymar, piada de pescadores, os benefícios do BBB - eles acham, não riam... E sendo assim, poucos usam bigodes, já perceberam?
É prácabá mesmo!
Final de semana na paz de Deus, com saúde e o aconchego da família.
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