“Quando pensamos em Gestão Escolar não devemos esquecer a importância do
planejamento, definição de prioridades, fortalecimento do vínculo com a
comunidade, aproximação dos pais, engajamento de toda a sociedade. Não podemos
esquecer também da gestão eficiente dos recursos, algo que é absolutamente
imprescindível, embora ainda pouco discutido e desconhecido por muitos.
Destaque para a aprendizagem dos alunos que é o eixo central de qualquer gestão.”
Joane Vilela Pinto
Uns meses atrás, o apresentador
Luciano Alves, baseado na CE instalada para verificar irregularidades cometidas
quanto ao índice obtido no IDEB pelo município, disse que seria aplicado no
corrente ano um trabalho transparente e que, com certeza, o índice cairia.
Realmente, deve cair mas não pela propalada transparência e sim pela visível
incapacidade administrativa.
Antes de continuar nossa
explanação, quero lembrar que o vereador que propôs tal comissão falou que,
pelo fato de não existir reprovação no último ano do primeiro grau, as notas
foram altas. Mas vejam como é a vida, eu tive acesso ao resultado completo de
uma escola municipal onde, pelas notas obtidas pelos alunos, a média final
seria superior ao 7 que ela levou e o que fez perder um ponto percentual, foi
justamente a quantidade de reprovados naquele ano. Senhor vereador, como sempre
sua senhoria abriu a boca para falar sem conhecimento e baseado em afirmação de
meia dúzia de descontentes, que são poucos mas existem?
Voltando a nossa explanação. Conversando
com alguns professores da rede pública, me veio a informação que as coisas
estavam complicadas. Como tive tal afirmação de poucos, fui em busca de
subsídios para poder fazer uma análise criteriosa dos fatos e pasmem, a coisa
está feia.
Tão feia que professores nem
diário de classe tem. Vamos olhar com carinho o que fazem com a educação.
Quanto custa um diário de classe R$ 5,00,
R$10,00, vamos usar esse último
como parâmetro. Quantas turmas existem na cidade, 1.000 turmas se muito? Então,
um diário de classe para cada turma seria adquirida por 10 mil reais e com
dispensa de licitação já que é uma coisa emergencial.
O problema é que estamos em
moratória. Tá bom, a moratória existe? Por que a mesma não atinge a Fozhabita
que comprou televisor e outros aparelhos eletrônicos por 6 mil, sem licitação e
de um atacadista do ramo de papelaria, como já falamos aqui?
Oras, se o problema são os 10
mil, deixa de nomear um comissionado com salário de 5 mil mensais por dois
meses e já tem verba para o material. O que é mais importante para a população
como um todo, um assessor que não vai agregar nada pois foi nomeado para
atender questões políticas ou um professor em sala de aula com a estrutura
necessária para lecionar? Acho que a administração da mais valor ao primeiro,
pelo menos os fatos assim mostram.
Alguns até falaram que “...tem
CMEI’s que não tem nem papel higiênico e outras coisas básicas, e ao ligar para
os responsáveis, dizem que não têm prazo para mandar o material...”. E a
miserável verba que é passada aos APME’s que até dias atrás não tinha sido
depositada, forçando os diretores a criar rifas, promoções e outras coisas para
atender o básico. Até o final do mandato chega?
Por que a Secretaria de Educação
não informa a população da quantidade de professores que querem largar as
turmas do quinto ano, pela falta de apoio ou na dúvida que recaiu nas suas
costas quanto ao índice alcançado no passado. Já sei a resposta, o espírito do
Paulo não deixa a coisa andar. Oras, espante o espírito ou então saia do terreiro.
Pois é Luciano Alves, o índice
deve cair mas como estamos na cidade onde o rabo abana o cachorro e tudo aquilo
de bom que um faz o outro destrói, cairá pela incompetência e nunca pelas
possíveis fraudes. Mesmo que não tenha existido fraude, mas no discurso, vai
existir!
Veja Aqui a integra da entrevista
da ex-secretária de educação e Foz e hoje em São Paulo, Joane Vilela.
Uma ótima semana à todos.
Amigo Ronald Albanez, como sempre suas colocações são excelentes, o que estão fazendo com a Educação e Saúde é uma barbárie, estou "doente" de ver o desmanche de tudo que estava dando certo. O retrocesso na educação em Foz já começou, o IDEB já deve estar a caminho de uma vertiginosa queda, mas o "assistencialismo demagógico" está em alta. Um povo sem saúde e sem educação, de níveis humanamente normais, é um povo facilmente dominável e conduzível, qualquer mal intencionado assume o poder e ainda é aplaudido. Mas, existe uma grande parte da população, que antes entendia que tudo relacionado ao governo era politicagem, mas atualmente está conseguindo perceber que nossa vida é conduzida pelas políticas públicas e em todos os setores, sendo assim começaram a analisar, opinar, defender e exigir que mudanças ocorram na condução dos assuntos de interesse comum á população. O Facebook, Blogs e outros meios de comunicação em massa é o grande instrumento do conhecimento e da transformação da cultura medíocre "eu não vivo da política", mas a má política vive dos alienados e dificulta a vida de todos nós. Vamos continuar com a crítica e sendo fonte de informações sérias como as suas, assim faremos nossa parte como cidadãos do bem e da vontade de que tudo possa ser conduzido de forma democrática e justa para todos. Grande Abraço!
ResponderExcluir