sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O governo e a iniciativa privada

Por Marcos Mucciatto - Toledo - PR

INICIATIVA PRIVADA

A empresa BUNGE, iniciou seus investimentos em Pedro Afonso-TO, em 2009. Tratava-se de um investimento de 600 milhões de reais na construção de uma usina de etanol  e açúcar. A empresa tem como política, comprar produtos e serviços apenas de empresas que cumpram formalidades trabalhistas e tributárias. Desde 2010, a multinacional investiu mais de 4 milhões de reais em projetos de empreendedorismo e treinamento de mão de obra na cidade e até o fim do próximo ano, mais de um milhão será investido.

CRESCIMENTO ACELERADO

Um projeto semelhante está acontecendo em Itaituba-PA, onde a Bunge está construindo um porto fluvial para escoamento de grãos, região em que mais de 60% dos negócios são informais. As pequenas cidades do interior estão crescendo num ritmo muito acelerado do que as capitais, e segundo o Banco Itaú, de 2007 a 2011 o PIB das cidades do interior cresceu 4,8% ao ano, acima da média das capitais que ficaram em 4%.

PRESERVAR A IMAGEM

O que torna este momento diferente de outros é a marcha de investidores e empresas para pontos distantes, e estas grandes empresas estão preocupadas com situações que possam manchar sua imagem. Elas precisam manter sua rede de relacionamento global envolvendo instituições de financiamento, clientes e acionistas, afastando riscos à reputação como sonegação fiscal ou trabalho. 

ILHAS DE PROSPERIDADE

Antigamente quando uma empresa assim se instalava no interior, ela criava vilas separadas, e hoje elas estão preocupadas em desenvolvimento local, fazendo com que as cidades onde se instalam sejam ilhas de prosperidade, desenvolvendo o comercio e a população local. A FIAT está construindo uma fábrica na cidade de Goiana-PE, que tem atualmente na população local cerca de  12.400 trabalhadores com carteira assinada. Precisou para a obra, 7.000 operários, e para não precisar atrair funcionários mais qualificados de outros locais para sua linha de montagem, deixando desempregados estes operários, desenvolveu um programa de qualificação para que estes possam trabalhar como metalúrgicos quando a indústria estiver pronta.

A MÃO DO GOVERNO

Como podemos ver, até agora não falamos de qual foi a participação dos governos municipais, estaduais e federal nessas trajetórias, mas teve sim, todas estas empresas tiveram que fazer uma verdadeira peregrinação nos órgãos de meio ambiente para fazer suas licenças. Os projetos ficaram meses e meses engavetados esperando sua vez para serem  liberados para iniciarem os trabalhos,  e por aí vai toda a burocracia que é típica do Brasil, só perdendo para nossa pátria mãe Portugal. Ainda assim estas empresas apostaram por se instalar no Brasil e sabem que aqui vão ter sucesso.

CUSTO BRASIL

Não queremos que estes governos façam milagres, mas apenas viabilizem o empresário para ter sucesso no Brasil. Precisamos diminuir o custo Brasil dando a elas: estradas, portos, capacitação aos brasileiros (sendo ele empregado ou empreendedor). Isso sim deve ser a obrigação do governo. Enquanto isso alguns candidatos, para obter votos dos menos informados,  estão preocupados em discursar sobre bolsa família, diminuir lucro das empresas, e se descuidarmos,  vão aumentar a maquina pública, tendo que, para sustentá-la, aumentar os impostos.  Meu sonho é que um dia possamos separar em dois, Brasil dos que trabalham, e os outros, nem que para isso tenhamos que assegurar seu sustento, que é o que já fazemos, mas que estes não nos atrapalhem. 

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