quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Foz do Iguaçu do futuro

É muito comum a gente ler na mídia local que existe mais gente criticando que ajudando a cidade. Que lugar de forasteiro é sua terra de origem, esquecendo-se com tal generalização que Foz do Iguaçu em sua maioria é formada por Forasteiros e forasteiros. Não se sabe por que carga d'água, quem assume o poder para determinar os rumos de nossa cidade são os forasteiros e estando eles no poder, pouco aproveitam a capacidade aqui instalada de Forasteiros, se é que me entendem. (Foto divulgação Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu)

Eu me sinto um Forasteiro pois aqui cheguei a mais de 30 anos e tenho sim um dever de gratidão para com esse povo, seja ele iguaçuense nato, árabe, coreano, chinês, judeu e todas as etnias que pacificamente aqui vivem. Por outro lado cabe lembrar aos que nos cobram, que tem vários iguaçuenses natos dentro do poder público municipal a décadas que nunca apresentaram qualquer tipo de proposta a longo prazo e é justamente por essa falta crônica de planejamento da cidade que vou discorrer em alguns post daqui pra frente.

Foz do Iguaçu tem no seu meio político a velha tática de destruir aquilo que o antecessor construiu. Não se dá sequência a absolutamente nada aqui, tudo gira em torno de um ou dois mandatos e sempre começamos de novo e contamos ainda com a volatilidade que a economia nos apronta, estamos sempre na estaca zero. Vamos pegar um exemplo para ilustrar tudo isso e levando a culpa à nós mesmos. Quando no curto espaço de tempo que esteve como deputado federal, o atual vereador Dilto Vitorassi brigou muito para criar na região um transporte inter-modal e vejam a importância econômica para o município, enorme. terminou seu mandato e nós não o elegemos assim como não elegemos nenhum outro deputado federal. 

Os paraquedistas de plantão que aqui levaram votos, seja de forma direta ou via coligações prometeram, mas nenhum deles teve a fineza de pegar o projeto já andando do ex-deputado e dado sequência na luta. Perdemos ai quantos anos? E o que é pior ainda, se tivéssemos eleito um deputado na época, o mesmo nunca daria prosseguimento ao mesmo uma vez que em Foz ser o pai da criança é mais importante que a obra em si.

Mas vamos adiante, foi um Forasteiro que propôs, junto a classe empresarial da cidade, o uso da marginal dos rios Paraná e Iguaçu, dando um aspecto visual e econômico de grande monta para nosso turismo. Ao que tudo indica, a coisa vai caminhando mas não com o engajamento que seria necessário, temos sim uma meia dúzia de sonhadores  lutando pela causa e uma centena esperando sentados para aparecer na foto quando de uma possível inauguração.

Se não fossem duas aduanas, seríamos hoje uma cidade trinacional, cada uma com suas leis e costumes. Isso tudo junto é uma cidade que abriga pouco mais de meio milhão de habitantes e pasmem, três aeroportos internacionais, onde se vê isso? Portanto quando um Forasteiro fala em tornar a região como um hub sul americano, novamente a turma que poderia abraçar a causa fica esperando o momento da foto, desse jeito vamos ficar a merce da vontade de quem assumir o cargo máximo da cidade quando na verdade deveria existir um planejamento de obras de longo prazo, com gente capacitada para brigar pela verba, seja ela nacional ou por meio de parceria público privada e que tal planejamento fosse, mediante lei, ser obrigação de quem assumir o poder e não ser a baderna sem futuro que estamos vivenciando.

Um dos grandes projetos para a região e perfeitamente factível. trata-se da integração entre os três povos da região proposta pelo engenheiro Nilso Rafagnin, mas ninguém melhor que ele mesmo para expor sua ideia, que pretendo postar amanhã, vou parar de criticar picuinhas mas para o bem da cidade e minha obrigação como cidadão iguaçuense, com muito orgulho, cobrar um planejamento consistente para a cidade, meus filhos merecem.

Vou um pouco mais além, se você que me honra com sua leitura e pensa mais ou menos como este modesto blogueiro, mande sua ideia para ronaldalbanez@hotmail.com e vamos juntos cobrar aquilo que nos é de direito, um futuro melhor para nossa comunidade.

Até... 

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