quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Fundação Municipal, agora vai de vez...

...ao brejo! Quem assume a direção do hospital o faz por acordos políticos, para quem não se lembra, o nobre doutor teve seu nome envolvido em uma suposta distribuição de aparelhos ortodônticos na campanha eleitoral passada, na mesma coligação do prefeito que foi eleito, mas isso é o de menos no momento, aquilo que nos leva a crer a derrocada definitiva do hospital está diretamente relacionada ao acumulo de função que ele e outros médicos possuem naquela casa.

Um dos pilares para o fim do contrato do município com a Pró-Saúde foi justamente a denúncia que alguns profissionais de saúde ganhavam o dobro ou mais que o prefeito mas agora tal expediente é permitido pois, além do salário oficial na casa dos 20 mil mensais, certos diretores recebem por procedimentos realizados, coisa que chega próximo a 50 mil mensais.

Isso não existe. A eficiência da Pró-Saúde estava justamente pautada neste ponto, cada macaco no seu galho. A direção do hospital era feita por profissionais não ligados diretamente ao objeto daquele local. Estavam ali para gerir a coisa pública de forma eficiente dando todo o suporte necessário para que médicos, enfermeiros, atendentes e outros servidores prestassem seu serviço com a melhor eficiência possível. Agora pergunto, como será gerida a coisa sabendo-se que quem administra vai estar mais focados nos procedimentos do que nos espinhos administrativos que a função de direção causa?

Faço a colocação acima pois recebi um e-mail contendo a seguinte indagação: "Numa Fundação pública de direito privado, pode haver acúmulo de função?? Explicando mais detalhadamente... Uma pessoa pode ser nomeada em cargo de diretoria, receber remuneração, assumir mais uma função remunerada, mesmo sem qualificação, e mais, receber também por serviços profissionais, tudo ao mesmo tempo e na mesma Fundação???"

Respondo, pode até ser possível legalmente mas na prática é um expediente que comprova uma desorganização administrativa terrível. Não precisa ser Phd na matéria para saber que isso não funciona e sendo assim, se já estava ruim antes da demissão do Presidente, tende a ficar pior agora. E já se sabe que médicos de qualidade comprovada estão deixando o barco e a constatação é simples, trabalham muito mais, ganham muito menos e recebem seus direitos geralmente com atrasos, é ou não é para pegar o boné e buscar outros ares?

O prefeito, em sua campanha a prefeitura citou sua administração como a mais transparente possível pois eis uma chance de ouro para mostrar com documentos e não com uma relação de salários como apresentou o vereador Nilton Bobato, contendo o vencimento de todos os funcionários daquela casa, salário fixo e demais extraordinários que existir. Quero ver fazer isso. Colocam que o Ministério Público investiga o caso, sem querer desmerecer o importante órgão, mas existe uma peça no jogo que não encaixa e assim sendo, não acredito em qualquer punição se assim existir.

E como sempre ocorre, os servidores vivem dias terríveis, sabem de todas as falcatruas que são feitas e são obrigados a ficar calados. Nesta questão não me atenho ao Hospital somente mas em diversos setores da administração pública. Definitivamente se aplica ali dentro, pelos assessores do prefeito, uma meia democracia, ou eles atendem a questão ou sofrem perseguição de tudo quanto é tipo. É isso senhor prefeito que se oferece à população que o elegeu?

Finalizando, quero chamar a atenção dos senhores vereadores, deixem os benefícios que os cargos cedidos a seus indicados de lado e pensem na população como um todo. Fiscalizem com todo o rigor possível antes que a casa caia de vez e vocês sejam arrastados juntos pela opinião pública. O mandato passa, o voto não!

Espero que tudo aquilo que aqui disse esteja errado ou foi modificado em um futuro próximo, mas sinceramente, eu não acredito pois o modo de operação sempre foi esse e sempre será, dane-se o povo! 


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