terça-feira, 3 de abril de 2012

Coligações me causam calafrios.

Agora entramos no período fértil dos acordos e sempre entre quatro paredes, com uma meia dúzia de gatos pingados. O resultado de quem é quem, o povo, maior interessado, fica sabendo já nos acréscimos do segundo tempo quando geralmente fica impossibilitado qualquer tipo de contestação, uma solução dita como milagreira lhe é enfiado goela abaixo.

E o motivo do calafrio? É simples, basta olhar no passado e ver que uma turma de 18 partidos lutou e venceu com uma margem pequena o candidato Silva, praticamente sozinho,  em 2004. E o resultado foi que aos poucos, os eternos aliados foram colocados de lado. Na época, nossos experientes políticos que abonaram tal união de forças, não conseguiram prever que, pela característica do escolhido, a quebra de acordo era mais que provável e muitos, ainda hoje, choram nos cantos o efeito da falta de visão que tiveram.

João Batista do Lago em um de seus posts (Leia Aqui), afirma que “Aos meus olhos, no Brasil, não temos "partidos políticos". Quando muito temos associações de caráter nefasto; ou no mínimo, "facções políticas" que representam nada mais, nada menos que os interesses dos políticos fisiológicos que se formaram a partir do fim da Ditadura Militar de 64, e que, a partir de 1989, adotaram o fim da história, como regra...” 

Se a coisa é assim então, no que diz respeito aos partidos políticos, que  são peças de ficção – partido X tem 3000 filiados, quantos votam BA legenda??? – só existe um modelo para que acordos espúrios sejam feitos às escondidas e depois vendidas como solução. Temos que cobrar pelo fim imediato das coligações.

Hoje, um partido pequeno e sem expressão serve, única e exclusivamente, para vender seu modesto espaço publicitário que nós pagamos como propaganda partidária. A meu ver, isso tornaria os partidos mais fortes e com reais projetos de governo e não à espera da oportunidade para ver quem oferece mais por 30 segundos de TV. Sem a possibilidade de coligações, um partido e seus membros teriam como obrigação correr atrás do prejuízo em benefício do povo e crescer, caso contrário, fechar as portas. Transferência de legenda? Sim, seria possível mas com um prazo tal que impedisse os espertinhos de fazer uso de esquemas tiriricas onde o que vale mesmo é estar lá, custe o que custar e sem reclamação pois a lei, escrita por eles e para eles, permite.

Então, o discurso é que fortalece o projeto de futuro para o povo quando, na realidade, fortalece o projeto pessoal dos interessados nas benesses que o poder público oferece e eles não estão errados não. Errados são os eleitores que, sem capacidade de discernimento, são levados por qualquer conversinha de esquina, dita por pessoas preparadas para iludir, coisa que até curso para tal existe.

Fim das coligações é meu lema. Quem é bom e sabe o que pretende, tem capacidade de por a cara para bater e encarar sem medo o exame público. O resto, para mim é balela e demagogia pura!

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