sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Novos rumos da economia

Por Marcos Mucciatto

Prevendo a substituição do capitalismo e do socialismo, o livro Sociedade com Custo Marginal Zero, do futurólogo americano Jeremy Rifkin, nos leva a refletir os rumos da Economia do Compartilhamento, sendo o primeiro novo sistema econômico a entrar no palco mundial desde o advento do capitalismo e do socialismo. A economia do compartilhamento já está mudando a forma de organizarmos a vida econômica, oferecendo a possibilidade de reduzir drasticamente a divisão de renda, democratizar a economia global e criar uma sociedade mais ecologicamente sustentável.
AS REDES E INTERESSES COLABORATIVOS
Mercados estão começando a dar lugar a redes, a posse está se tornando menos importante do que o acesso, a busca do interesse próprio está sendo moderada pela pressão de interesses colaborativos e o tradicional sonho de enriquecimento financeiro está sendo suplantado pelo sonho de uma qualidade de vida sustentável. Os jovens colaborativistas estão tomando emprestado as virtudes do capitalismo e do socialismo e eliminando a natureza centralizadora tanto do livre mercado quanto do estado burocrático.
COMPARTILHAR BENS E SERVIÇOS
Eles também compartilham carro, casa, e até roupas em sites de mídia social, locadoras, clubes de redistribuição e cooperativas a um custo marginal baixo ou de quase zero. À medida que mais jovens passam a compartilhar seus bens e serviços, as regras que regem a economia de mercado se tornam menos relevantes para a vida da sociedade como um todo. Na fase atual, estamos testemunhando o surgimento de uma economia híbrida. Uma parte é uma economia de mercado capitalista e a outra é uma economia compartilhada.
PRODUZINDO A PRÓPRIA INFORMAÇÃO
Atualmente mais de um terço da raça humana está produzindo a própria informação e compartilhando-a por meio de vídeos, áudios e texto por um custo marginal próximo de zero. Essa revolução está começando a afetar setores como a indústria e a educação. Dentro das próximas duas ou três décadas, esses produtores-consumidores estarão produzindo e compartilhando energia renovável, assim como bens físicos e serviços. E, dessa forma, levando a economia mundial a uma nova era: um tempo em que as coisas serão praticamente gratuitas. Com isso, o mercado capitalista continuará a encolher.
PASSAGEM DA ECONOMIA
Empresas com fins lucrativos sobreviverão somente à margem da economia, com base reduzida de clientes de produtos e serviços altamente especializados. Para poder entender as imensas mudanças econômicas, sociais, políticas e psicológicas que deverão vir, é útil comparar este momento a outros igualmente disruptivos, como a passagem da economia feudal para a de mercado no final da Idade Média, e novamente, da economia de mercado para a economia capitalista na era moderna. “Redes no lugar de mercados, acesso em vez de posse, o sonho de ser sustentável é mais forte do que o de ficar rico”.  

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