quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Diplomacia Brasileira

Por Marcos Mucciatto

O ITAMARATY
Era o orgulho do Brasil, sendo a instituição deveras prestigiosa no cenário diplomático mundial,  até que foi sentenciada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) a perder o seu direito a voto na Corte Internacional que julga pessoas e organizações que cometem crimes contra a humanidade. O PT, completa assim, pelo desgoverno Dilma Roussef, um ciclo de desmonte daquilo que havia de melhor no serviço público brasileiro, causando um vexame internacional que reflete muito bem a triste situação a que foi relegada a diplomacia brasileira. A dívida do Brasil com o TPI é de mais de US$ 6 milhões, o que não parece ser muita coisa tendo em vista, os US$500 milhões  que foi para Cuba para construir o Porto de Mariel.
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
A entidade faz parte da ONU mas tem o seu funcionamento completamente independente da direção da entidade mundial e é administrados por autoridades criminais dos principais países do planeta, tendo sido criado em 1998 pelo chamado "Estatuto de Roma", foi ratificado pelo governo brasileiro quatro anos depois, quando passou a vigorar. Como o seu objetivo é o de julgar acusados de crimes contra a humanidade,  ele é composto pelos países  que se dizem amantes da paz e respeitadores dos direitos humanos. Mas, infelizmente, fica cada vez mais claro no cenário internacional e agora também perante a opinião pública nacional, que os compromissos internacionais do Brasil estão sendo jogados na interminável lista de contas a pagar do governo de Brasília.
HERANÇA MALDITA
Com a avalanche de contas a pagar deixados pelo antecessor, a presidente afinal vem com a desculpa "irretocável" de que não há dinheiro para ser gasto com essas coisas e, de modo irresponsável, vira as costas para o mundo da diplomacia, ao qual ela nutre conhecido desprezo. Então, os cortes orçamentários do Itamaraty tornaram o Brasil num dos maiores inadimplentes perante a ONU, deixando de pagar até dezembro último, cerca de USS 170 milhões, que a ONU contava receber para completar o seu orçamento. Isso sem falar nos US$ 14 milhões que o país deve a UNESCO, além dos US$ 87,3 milhões que a ONU esperava que Brasília enviasse às operações militares de paz.
PALAVRAS AO VENTO
Esse calote no TPI e na ONU, mostra que tudo o que o PT sempre disse querer fazer não passou de palavras vazias atiradas ao vento. Algumas representações do Brasil no exterior já enfrentam atrasos salariais e cortes de água e de luz. A imagem do país, já bastante danificada em razão dos escândalos de corrupção na desastrosa administração do dinheiro público pode ficar pior, porque  se você acha que o rombo de 70 bilhões da Petrobras é coisa grande, aguarde para ver o rombo de 500 bilhões do BNDES. Somos motivos de chacotas e piadas no exterior e, com isso, vamos nos isolando cada vez mais do mundo civilizado.  A diplomacia não é algo que algum dirigente, por capricho, deva ou possa mandar às favas. Por sua vez o Brasil não tem forças armadas com o poder de dissuasão externa e interna suficiente e a diplomacia é a única coisa que resta antes que militares comecem a apertar o gatilho, uma vez que a guerra é consequência da falência da diplomacia. Que o Itamaraty repouse em paz...

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