terça-feira, 14 de outubro de 2014

Censura de opinião. Mais munição à campanha

A notícia de hoje diz respeito ao pedido de demissão do colunista Xico Sá d Folha de São Paulo ao ver seu artigo, onde explica os motivos de seu apoio a Dilma Rousseff, censurado pelo diário conservador. Entre as diversas crítica dos leitores e organizações Brasil afora, dá-se ênfase a nota de repúdio publicado seção fluminenses do Centro de estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, cuja integra reproduzimos a seguir.

“O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão do Itararé vem a público manifestar total apoio ao jornalista Xico Sá, que se viu obrigado a pedir demissão do diário Folha de São Paulo, após ser censurado pela direção de redação.

“O jornal, sabidamente, esteve ao lado da ditadura civil-militar instalada no Brasil a partir de 1964 e, historicamente, defendeu em suas páginas o que de mais conservador e tacanho a política nacional já produziu.

“O comportamento diante da manifestação de Xico Sá, um dos mais dignos representantes do jornalismo nacional, constitui-se em um flagrante da censura que ainda permanece nos jornais do oligopólio da mídia, e dá um exemplo do que ocorrerá no país caso a candidatura Aécio prospere nas urnas.

“Os jornalistas do Estado de Minas Gerais sofreram toda sorte de perseguição durante as gestões de Aécio e de seus correligionários, ocorrendo até mesmo caso de prisão de jornalistas, como Marco Aurélio Carone, diretor proprietário do Novo Jornal, preso por publicar reportagens que contrariavam o interesse do grupo tucano em MG.

“Na defesa da democratização dos meios de comunicação, e como instrumento que luta para tornar realidade esta utopia nacional, o Barão de Itararé protesta veementemente contra este arbítrio e pede que todas as entidades de defesa dos jornalistas do país façam o mesmo."

Tal manifestação não deixa de ser coerente para aqueles que lutam pela democracia e pelo sagrado direito ao livre pensamento e expressão. Por outro lado é verdadeiro que, baseado em números de recentes pesquisas eleitorais, que o fato vai ser explorado exaustivamente pela coordenação da campanha petista com um bombardeio as redes sociais mas, não existe um lema que diz que chumbo trocado não dói?

Vamos refrescar a memória daqueles que usarão o fato como ataque ao candidato. Você se lembra de Sinara Polycarpo Figueiredo? Pois bem, ela era, até há poucos meses, superintendente de investimentos do banco Santander. Funcionária do alto escalão do banco, ela foi demitida por causa da polêmica gerada por uma publicação enviada aos clientes de alta renda do Santander. O texto alertava sobre a piora da situação econômica do país em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff, e a repercussão do informe despertou a revolta no PT, causando a demissão de todos os envolvidos.

Ou seja, ela na função que exercia, tinha por obrigação alertar os investidores do banco e vejam a ironia, não mentiu em momento algum pois seja lá quem eleito for, a economia brasileira está em fragalhos e o povo já começa a sentir o efeito ou o ministro da fazenda orientou uma dieta a base de frangos e ovos a troco de que?

Olhando os dois fatos, chama a atenção suas características ou seja, um  lado, na condição de empresa privada, fez valer sua forma de ação, seus princípios, sua linha editorial. O outro se trata de uma agremiação política, com interferência governamental, onde a verdade é aquela que atenda seus interesses, seja fato comprovado ou não.

Não se trata aqui de defender o jornal ou qualquer instituição governamental ou não. o texto chama a atenção para a questão da coerência. O fato da demissão do jornalista não vai mudar a cotação do dólar para mais ou para menos e tem mais, sendo um importante veículo de comunicação, as polpudas verbas do governo para sua propaganda, geralmente enganosa, continuarão a rechear os cofres do jornal, assim como ocorre com a Veja, Globo, SBT e outros poderosos Brasil afora e quanto ao jornalista, bem, lamentamos!

Ótima terça amigos e amigas.



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