sábado, 18 de outubro de 2014

A vida é bela, para uma minoria

Por: Marcos Mucciatto

CORREIOS
Nos últimos anos o aparelhamento político da ECT se acentuou com as mudanças introduzidas no Manual de Pessoal em 2011, que permitiram o acesso às funções técnicas e gerenciais por empregados e pessoas estranhas aos quadros de pessoal da Empresa sem a observância dos imperativos de competência técnica e capacidade gerencial.  Em decorrência dessas alterações, 18 (dezoito) dos 27 (vinte e sete) Diretores Regionais da ECT são filiados ao Partido dos Trabalhadores. Além disso, muitas outras funções são ocupadas por critérios políticos nas Diretorias Regionais e na Administração Central da Empresa.

SALÁRIO DOS CARTEIROS
Como exemplos desse aparelhamento, registre-se que enquanto mais de 50.000 mil Carteiros labutam diariamente em condições muitas vezes desfavoráveis por uma remuneração mensal de cerca de R$ 1.500 (hum mil e quinhentos reais), outros Carteiros ligados à burocracia sindical e partidária ocupam elevadas funções em Brasília e nos diversos estados, alguns deles com remunerações superiores a R$ 20.000 (vinte mil reais).

FUNDO DE PENSÃO
O citado aparelhamento afeta também o Fundo de Pensão dos empregados dos Correios, o Postalis, frequentemente citado em notícias veiculadas pela imprensa contendo suspeitas de investimentos duvidosos e de operações fraudulentas. O Postalis já acumula um déficit atuarial superior a R$ 2,2 bilhões em 2013/214, levando em breve a uma drástica redução dos salários e benefícios dos empregados e aposentados dos Correios e atingindo cerca de 500 mil pessoas, o que levou a ADCAP-Associação dos Profissionais dos Correios, a solicitar à PREVIC, junto com outras entidades representativas de empregados, a intervenção no Postalis.

SESI
A Controladoria Geral da União (CGU) identificou irregularidades na contratação de funcionários e na criação de representação do Serviço Social da Indústria (Sesi), patrocinadas por líderes petistas, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A investigação foi aberta a partir de denúncias de funcionários do Sesi de que apadrinhados de petistas recebem altos salários sem trabalhar. Entre os funcionários fantasmas identificados pelos técnicos da CGU estão Marlene Araújo Lula da Silva, nora do ex-presidente, que raramente aparece no serviço, apesar de ter um salário de R$ 13.500 mensais e Márcia Regina Cunha, mulher do ex-deputado João Paulo Cunha, condenado no processo do mensalão.

PRESIDENTE
Jair Meneguelli, presidente do SESI, nomeado por Lula, ele está há 11 anos no Sesi e ganha até R$ 60 mil mensais, somando ao salário uma "verba de representação". Hoje, ocupa uma sala espaçosa num dos prédios mais luxuosos da capital federal. Meneguelli desfila num impecável Ford Fusion preto, modelo 2014, com motorista. Para não ficar a pé no ABC paulista, deu ordens para que um Toyota Corolla zerinho fosse transportado de Brasília a São Bernardo do Campo. Fica a sua disposição, com motorista. As despesas com esses e outros três bólidos do Sesi somam mais de R$ 150 mil por ano.

EMPREGOS
Além de atender a pedido de amigos, Meneguelli, o presidente do Sesi, também emprega os seus. Um deles é o petista Osvaldo Bargas. No período em que Meneguelli presidiu a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, Bargas era seu número dois. No Sesi, recebe salário de R$ 33 mil. A sindicalista Sandra Cabral, amiga do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, também conseguiu emprego lá. Recebe R$ 36 mil por mês. 

Se o atual governo tiver que largar o osso, o “desemprego” vai ser grande.

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