quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Duas vidas importantes, uma nem tanto

Na segunda que passou dois militares, no cumprimento de suas funções, foram covardemente assassinados na cidade de Medianeira. Informações preliminares davam conta que o autor seria um "di menor" que, após diligências, acabou tombando em confronto com a polícia.

Lamentamos a morte dos servidores da lei e me desculpem os defensores dos "fracos", o outro foi tarde. Hoje vem a notícia que o referido contraventor foi preso na sexta-feira que passou na mesma cidade por tráfico de drogas, ficou até segunda preso, fugiu e fez o que o Brasil inteiro tomou conhecimento.

Antes de prosseguir uma observação, voltamos ao tema depois, seus caça votos conhecidos como deputados, se o cara fez o que fez contra dois policiais armados, imagina o que fazem com o povo que vocês desarmaram?

Voltando ao tema, quando preso o dito cujo apresentou documentação como sendo de menor e assim, recebeu alguns benefícios que a lei permite, como não poder ficar enjaulado com outros criminosos. A delegacia da cidade teve que manter o cara em local apropriado de acordo com os direitos humanos e isso facilitou a fuga do vagabundo já que não existe estrutura nas delegacias de quase todo o Paraná para tais situações.

Delinquente é delinquente, seja com 15 ou 70 anos. O assassino nunca foi de menor, é de maior, usava documentos falsos, tinha encrenca em São Paulo e Santa Catarina com o tráfico de entorpecentes e tem mais, conforme confirmado pelo delegado chefe da regional, existiu falha na checagem dos dados do referido e acabou sendo tratado como menor.

Tudo bem que tais falhas não devem ocorrer mas perguntamos, existe estrutura propicia para isso em todas as delegacias do estado? A base de dados nacional permite uma averiguação mais a rápida e precisa nestas situações? Claro que não, o máximo que se conseguiu até hoje foi a entrega de meia dúzia de novas viaturas e a contratação de milhares de novos militares mas não falam que serviram para ocupar a vaga daqueles que foram para a reserva.

O sistema de identificação no Brasil é falho, arcaico, e quando se fala em novo modelo como o anunciado a quase uma década, com a emissão de novas identidades, fica só no discurso e nada acontece. Sendo assim, que culpa tem os policias de plantão naquele momento se o aparato de averiguação não existe, o sistema é falho que possibilita que um marmanjo se passe como um menor em conflito com lei? Oras, o que assistimos hoje é a mesma ladainha que já se viu a 30 ou mais anos no passado quando a questão envolve políticas públicas, muita hipocrisia e pouco resultado. Não interessa a idade do infrator, como neste caso de tráfego, caiu nas malhas da lei, jaula nele e chega de ficar passando a mão na cabeça de menores e supostos menores.

Pêsames a família, a comunidade de Medianeira e ao povo do Paraná, estamos à merce da bandidagem.

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