segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O Brasil está exportando corrupção

Na sofrida América Latina de governos militares, sempre tivemos o exemplo da Costa Rica. Uma democracia consolidada, onde o voto e alternância de poder são fatos corriqueiros. Passados muitos anos, a Costa Rica continua a nos dar exemplos. Se no passado era uma referência democrática, hoje   vergonhosamente para nós – passa a ser uma referência da miopia que se abateu sobre o Brasil. A Presidente Laura Chinchilla convocou uma rede de TV no país para anunciar o cancelamento da concessão dada à OAS - Empresa de Engenharia Brasileira, para reforma e exploração de uma autoestrada por 20 anos. O povo e o parlamento enxergaram no acerto o maior caso de corrupção da história do país. Uma vergonha nacional

Qual foi a lição? A revogação da concessão. E não só. Este contrato contou com a participação direta, presencial e ativa de Luiz Ignácio Lula da Silva, que esteve em San Jose, em viagem paga pela OAS, usando o jatinho da empresa, com diretores da empreiteira, para se reunir com representantes do governo costa-riquenho e solicitar o favorecimento aos novos parceiros. A imprensa da Costa Rica credita a Lula o contrato danoso ao país. E a presidente se viu obrigada a cancelar o mesmo, em rede de televisão, para garantir a paz social. O Brasil agora exporta corrupção? Não basta o assalto aos nossos próprios cofres? 

Teremos que nos ver humilhados em todo o mundo por levar a países sérios a expertise em matéria de roubalheira? (extraída do texto do Jornalista Augusto Nunes/SP). O Senador Álvaro Dias também 
denunciou na tribuna do Senado, a matéria do Jornalista Rubens Valente (folha de São Paulo) sobre os financiamentos secretos para Angola e Cuba, que estarão sob sigilo até 2027, segundo o Ministro 
do Desenvolvimento Fernando Pimentel. São financiamentos a diversos países com dinheiro brasileiro através de grandes empreiteiras de obras públicas do Brasil. No ano passado foram beneficiados 15 países num total de 2,17 bilhões, mas secreto são só Cuba e Angola. Também noticiou que o ex-presidente viaja pelo mundo a serviço de empreiteiras e assessorado por diplomatas nas embaixadas. São interesses privados à sombra de interesses públicos para benefícios pessoais. Recursos do BNDES são remanejados do Tesouro Nacional, oriundos do FGTS e do FAT, que deveriam estar beneficiando os trabalhadores 
do Brasil. 

A Presidente Dilma esteve na comemoração dos 50 anos da União Africana de Nações, que somam 54 nações africanas, e de presente naquela ocasião perdoou a dívida de 12 países (Costa do Mar fim, Gabão, República da Guiné, Guiné Bissau, Mauritânia, República Democrática do Congo, Republica do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão, Tanzânia e Zâmbia). Os maiores beneficiados, que foram Republica do Congo (352 milhões), Tanzânia (237 milhões) e Zâmbia (113 milhões), tem reservas de petróleo, gás natural e cobre (não são pobres, pelo menos em reservas). 

Por coincidência pouco tempo antes, o ex-presidente esteve em viagem por aquele continente em uma viagem custeada por empreiteiras que tem interesses em construção civil naqueles países, e que são as mesmas que doaram para a campanha de Dilma mais de 27 milhões de reais. Este acontecimento foi na mesma semana em que o Ministro Guido Mantega disse que não negociará e nem perdoará a dívida dos estados, e o Paraná deve mais de 1 bilhão. (JB e Revista Veja).

Caro leitor, veja que simplesmente resumi os 03 textos sem alterar sua essência. Originaram de fontes e datas diferentes que seriam simples matérias independentes sem muita importância, mas que somadas as proporções podem colocar o Mensalão no chinelo. No ano passado a China cancelou um volume muito grande de soja que seria exportado se não houvesse tanto atraso nos portos de Santos e Paranaguá, que chega a uma média de 40 dias de espera de cada navio para atracar. Estamos na maior safra de verão que o estado do Paraná já viu 22,7 milhões de toneladas, segundo o Deral. E os nossos portos? Onde estocaremos a produção? Nos caminhões? de novo? ... A solução que se impõe é a existência de um candidato digno, capaz, com reputação de pessoa de bem, que possa aglutinar toda a insatisfação que se avoluma por traz de toda a traição aos valores cristãos que estamos vivendo nos dias de hoje.

Marcos Mucciatto é assessor parlamentar

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