terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sai o Saber e entra a Cultura

Tudo aquilo que é feito em prol de nossos pequenos alunos tem meu apoio incondicional. Release da prefeitura no dia de ontem cita a premiação aos participantes do Festival da Cultura que foi realizada em Foz do Iguaçu e não cabe outra atitude a não ser elogiar os organizadores e parabenizar os participantes. (foto: divulgação Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu)

Mas existe um porém nisso tudo! Tal festival foi idealizado para substituir as Olimpíadas do Saber que já passava de meia duzia de edições e olhando a coisa com um olhar mais critico, o novo modelo contempla apenas uma parcela dos alunos pois nem todos ou somente uma minoria tem o dom para a poesia, domínio de instrumentos musicais e coisas que faziam parte do festival.

O evento antigo era muito mais abrangente, a grande maioria dos alunos da rede pública participavam coisa que não ocorreu no atual modelo. Fui atrás dos motivos, alguns lógicos e outros, piada!

A primeira alegação foi a falta de verba na educação coisa que, me desculpem, não falta na prefeitura. Se existe dinheiro para pagar salários exorbitantes para comissionados ali alojados para cumprir promessa eleitoreira, tem que ter para a educação também pois é crime, ao meu ver, tirar recurso das escolas para pagar salários para pessoas - inclusive meus amigos que me perdoem - que vivem atendo cabeça na atual administração, estão lá por estar e somente servirão na caça aos votos em 2014 e 2016, interesse individual da administração em detrimento ao coletivo.

Outra alegação foi de que preferiram premiar todos os participantes com medalhas de participação pois dar tal honraria a mais de dois mil alunos ficaria muito caro. Oras, um diploma de participação para cada aluno, feito em gráfica, impresso individualmente não custaria mais que dois mil reais, que deve ser o valor do imposto de renda na fonte recolhido de uns 4 CCs. O mais absurdo é que o preenchimento individual de cada certificado tomaria muito tempo. Pois bem, quem pensa assim,  por favor, rasgue o diploma de informática e comece de novo, o Word faz isso sozinho!

Terceira alegação é que a não premiação de todos, causaria constrangimentos às crianças. Oras, mata-se o possível constrangimento em detrimento ao seu futuro. Isso é o inicio do ensinamento daqueles que se escoram no poder público e acabam vivendo das "bolsas esmolas" que correm por ai. Toda criança deve saber que a vida é uma grande competição. Se eles querem almejar alguma coisa para o futuro, devem se preparar e da mesma forma, se querem o melhor prêmio, devem lutar por isso, de graça ninguém leva nada!

Ninguém com quem falei sobre o assunto deu pistas sobre a real intenção do cancelamento do evento anterior mas uma coisa é certa e faz parte do DNA político de Foz que falo mais abaixo. No meu entender o Festival da Cultura é sim importante e necessário assim como o é a Olimpíada do Saber, já pensou os dois andando juntos e o benefício que seria dado aos alunos no futuro?

Finalizando falo do DNA político de Foz citado acima. Cheguei em Foz em 1981 e na primeira eleição pós ditadura, tive a honra de votar. De lá para cá, como é meu costume, tenho acompanhado o desenrolar político na cidade e observando as diretrizes tomadas em cada administração. Por isso mesmo só posso dizer uma coisa, as desculpas que me foram passadas e já comentadas acima servem única e exclusivamente para cobrir a dura realidade da cidade, o que um prefeito faz de bom o outro estraga e anotem, aquilo que a atual administração de bom fizer, será desvirtuada logo, logo. Dessa forma. Foz tem futuro?

Ótima terça...


Um comentário:

  1. Olá caro amigo. Ótima terça-feira, e ótima semana para você e sua família, bem como a todos os leitores e seguidores, como eu, de seu blog.
    Não posso deixar de dar razão a você naquilo que aqui escreveu, não em tudo, claro, mas em parte. Até porque, nobre Ronald, "há muito mais coisas entre os céus e a Terra, do que nossa vã filosofia possa conceber". Quero dizer com isto, que na política, como no coração de cada ser humano (e nós nos incluímos nisto), há muita coisa que não fica logo manifesta, mas encobertamente. Teorizamos sobre o que pensamos conhecer, mas não há como opinar sobre o que não conhecemos, não é verdade?
    Assim acontece com as administrações e gestões governamentais, sejam de uma cidade, de um Estado ou de uma Nação.
    Quanto a existir ou não um futuro para Foz, tudo depende do investimento dos habitantes da cidade. E quando falo de investimento, não me refiro à contas, poupanças, ou qualquer coisa ligada à "renda monetária", e sim unicamente aos valores que procuraremos manter. Valores morais, espirituais, perenes e eternos; porque tudo o mais, amigo, passa! Nas palavras do sábio Salomão: "Tudo é vaidade, e aflição de espírito".

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