segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Impunidade no Brasil


Por Carlos Alberto Bächtold – carlosbachtold@hotmail.com


Todos nós já escutamos as pessoas reclamarem da impunidade vista em nosso país. Se ela já é um fato entre criminosos ricos, o que dizer dos menores delinquentes? Eleitos para representar o povo, envolvem-se num número sempre crescente de escândalos e apesar da reincidência, nunca são punidos.

O fato é que não é apenas no meio político que a impunidade está presente. O problema começa entre o próprio povo brasileiro, e é lá no meio da sociedade que encontramos as situações mais inusitadas que mostram a impunidade também entre o povo.

Podemos citar como exemplo os motoristas que desrespeitam os sinais de trânsito sem qualquer punição e se acham espertos. Lamentavelmente a impunidade tem como força motriz o comportamento dos brasileiros e a educação que recebemos.

Tenhamos sempre em mente um princípio universal que nunca, nunca falha: “Tudo o que o homem semear, isso mesmo ceifará”. Ou seja, colhemos aquilo que plantamos. Não podemos plantar espinhos e esperar colher maçãs...

E o tipo de semente que estamos semeando pode ser visto no comportamento que estamos encontrando na sociedade – a educação de um povo é seu maior tesouro!

Contudo, lamentavelmente, temos até um adágio muito conhecido de todos: “o jeitinho brasileiro”, que aponta para o improviso, sem dúvida, mas também para a forma encontrada pelo brasileiro para burlar leis e normas.

Os brasileiros sonegam impostos, burlam leis, pirateiam produtos, enfim, cometem diversas infrações penais “leves”, e julgam que é “perfeitamente normal”.

Tal educação em nosso país, que começa dentro das famílias que para “garantir o pão” cometem pequenos deslizes, não poderia pensar que seus representantes agissem de forma diferente.

Sem falar no fato de que criam-se leis para favorecer a criminalidade, a anarquia, o caos. Apenas para citar um forte aliado dos “menores criminosos” está o “E.C.A.”, que tem sido um estorvo na educação e na contenção dos delitos e comportamentos anti-sociais praticados por aqueles que ainda não completaram 18 anos.

É uma verdadeira barbaridade vermos que os “menores” podem fazer tudo o que não presta sem serem penalizados, mas se forem colocados para exercerem um trabalho digno, para ajudar a família, então os pais é que são penalizados, taxados de maus, etc.

É interessante ainda notarmos como a justiça e os órgãos responsáveis pela “defesa dos direitos do menor”, usam dois pesos e duas medidas... Se o filho do pobre é visto fazendo um pequeno serviço remunerado, é exploração de menor... Se, por outro lado, o filho de um artista é visto trabalhando na TV, então não é exploração, é “talento”... Que país é este? Que sociedade é esta? Gente, vamos acordar!!!

Voltando a falar no E.C.A. não há nele uma só menção de obediência, de responsabilidade, apenas direitos... E quando fala em “dever” não fala em punição no caso do não cumprimento dos deveres. Que tipo de lei é esta?

Ora, todos sabemos que a base da justiça é a recompensa do bem e a punição do mal, ou a recompensa dos bons e a punição dos maus... E que para que um bom não se torne mau, é necessária a existência de disciplina, e muitas vezes de castigo... Mas a nova psicologia não tem entendido dessa forma, e o resultado está aí diante de nossos olhos dentro de casa, nas escolas, nas ruas... Pessoas “menores” mas se tornando os “maiores” bandidos!

Toma, sociedade, este é o teu pago por abandonar os princípios morais e bíblicos, e adotar pensamentos infernais e caóticos...

Aquele troco a mais não devolvido, aquele produto furtado no mercado, aquele produto pirata comprado sem nota...  Pequenas ações que desencadeiam todo um processo corrupto que acaba, claro, se concentrando nos “colarinhos brancos”, que só existem porque o povo não está assim tão preocupado com o bem estar comum, e sim com o de cada um.

           As boas maneiras e os verdadeiros valores éticos, morais e espirituais foram deixados de lado por pais, por educadores, por líderes sociais... O que desejam com isto? Claro que quando os bons valores são deixados de lado, surgem os maus valores, a honestidade dá lugar à desonestidade, a cultura dá lugar à ignorância, e o espiritualismo dá lugar ao materialismo. Isto não é novidade! Somente voltando aos verdadeiros valores é que conseguiremos ter no poder pessoas de bem, pessoas que prezem pelos valores morais e espirituais elevados, que tornem nossa sociedade mais digna, honesta e decente.

          Se quiser me seguir no twiter... http://www.twitter.com/carlosbachtold

4 comentários:

  1. Adorei o post, e acho certicimo tudo dito, parabéns.

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  2. Tenho 59 anos trabalho até hoje, sinto-me orgulhoso por isso. Me lembro bem, nos anos 70, trabalhei registrado ganhando o salario mínimo do menor, que equivalia metade do mínimo atual. Quem extinguiu esta lei? Ajudou ou prejudicou a Nação?.

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