quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O dinheiro sumiu


É de praxe quando encontramos amigos que trabalham no comércio da tríplice fronteira, e os negócios, como vai indo?

Estamos numa época que a resposta é sempre a mesma, acabou o dinheiro em Foz. Lojas no Paraguai que vendia coisa de 200 mil dólares mensalmente para um certo cliente, hoje não atinge 60 mil. Quem tinha coisa de 30 funcionários, dá graças a Deus por conseguir manter o emprego de 20, isso do lado de lá na fronteira mas que tem reflexo imediato do lado de cá.

O comércio de prestação de serviços é afetado. Vamos pegar o exemplo de uma Auto Center. Há uma década atrás a concorrência no setor era, digamos assim, equilibrada, todos trabalhavam e ganhavam. Hoje, tais lojas se multiplicaram e a procura pelos serviços despencou, justamente pela queda das vendas no Paraguai e o arrocho aos turistas argentinos que inibem a vinda deles para essas bandas.


Outro termômetro é verificado dentro das grandes redes de supermercados. Estão praticamente vazios e os caixas, quase dormindo esperando os clientes com suas compras. É o reflexo do momento que passamos apesar das autoridades não acreditar no fato e dizer a verdade custa voto e sem ele, vai-se o cargo.

E como sempre, tem algo que colabora com nossos comerciantes. Greves! Por ser fim de mundo aqui, como alguns pensam, quando se pensa em reivindicar algo do governo brasileiro, pensam em greve e começa por onde, claro, Foz do Iguaçu! Nãoé a toa que o atual prefeito chiou uma barbaridade com os números da população da cidade do último senso mas ele não considerou um detalhe, há excesso de mão de obra e falta de colocação para os mesmos. Chega um ponto que resta somente a busca de novos ares considerando-se também a criminalidade que, apesar dos esforços da combalida segurança de Foz, fazem o possível tentando coibir tal prática.

E como dito, o discurso oficial feito por gente, na pior das hipóteses, irresponsáveis tentam esconder o fato. A “marolinha” não chegaria aqui. Chegou e é só o começo. Numa economia globalizada, o Brasil se safou da crise americana em 2008 mas a da Europa, que não dá sinais de recuperação, levará muito mais tempo para uma solução e os países emergentes, será sim os mais afetados. Dentro de nossa casa podemos ver que a indústria, mesmo com todos os subsídios, entra em ritmo de desaceleração. A inflação é crescente e todo mundo sabe disso, vá comprar um kg de tomate e veja se encontra por menos de 5 reais.

Pois é, a luz no fim do túnel vai aos poucos se apagando. Mas não se apaga em Brasília que deveria criar  leis e condições para que todo esse processo não atinja nossos trabalhadores e empresários. Poís vejam, conforme o site Congresso em Foco, “Os senadores gastaram mais com o mandato nos seis primeiros meses de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. E quem paga a conta é o Senado, que reembolsa as despesas dos parlamentares com atividades atribuídas ao exercício do mandato. Apenas nos seis primeiros meses do ano, o Senado ressarciu R$ 7,52 milhões de despesas dos senadores com combustível, hospedagem, alimentação, aluguel de escritório, consultoria, segurança privada e divulgação do mandato, incluídas na antiga verba indenizatória. Um crescimento de 54% em relação aos R$ 4,89 milhões referentes a esse mesmo tipo de despesa, considerado o igual período de 2011.” Leia a integra da matéria

Assim sendo, volto novamente a afirmar, a política de Foz no que diz respeito ao emprego e renda, deve traçar novos caminhos. O Turismo em si, seja de negócios, passeios ou mesmo de compra não podem ser colocados em segundo plano, mas deve se projetar um novo modelo que supra as necessidades de nossa região.

Ótima quinta e se preparem, lá na esquina tem um cabo eleitoral a espreita.

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