segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não se pode dizer que o Brasil foi bem nas Olimpíadas


Terminaram ontem os jogos olímpicos de Londres e o que fica são as histórias para serem contadas pelos quatro cantos desse mundo redondo.

Como é de praxe de político e exaltando de que nunca antes nesse país se investiu tanto no esporte olímpico, o governo esperava no mínimo 20 medalhas. Chegamos perto! Fechamos o evento na vigésima segunda colocação com um total de 17 medalhas, sendo 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze. Se utilizado os critérios olímpicos para verificar a classificação de um país, colhemos o segundo melhor resultado, ficando atrás de Atenas em 2004 (veja quadro comparativo dos últimos 30 anos de competição).

Por outro lado, o COB planeja para daqui a 4 anos e pelo evento ser no Brasil, figurar entre ao 10 melhores países, deixar de ser figurante. Nessa, foram gastos pela entidade 11.610 milhões de reais fora o patrocínio das multinacionais. A grana correu solta.

Para chegar na meta pretendida pelos eternos gestores do esporte olímpico brasileiro, é necessário um salto que atinja o desempenho da Austrália nessa olimpíada ou seja, ganhar mais 4 ouros, 11 pratas e 18 de bronze. Com os pés no chão, não dá.

Não se faz um atleta olímpico em 4 anos e os que nessa estiveram e foram os alvos da mídia durante toda a pré-temporada, decepcionaram, quando muito uma medalha de prata ou bronze, nada mais. Os vencedores foram aqueles anônimos que chegaram, agarraram a chance e vestiram de alegria a nação brasileira. Os medalhões literalmente amarelaram e justo eles, que entram em fase de aposentadoria por idade, etc. Dá mesmo para esperar algo?

Outra coisa é importante! Não adianta investir pesado onde se sabe que o dinheiro acaba indo pelo ralo. Presidentes de COB, CBF e outros “Ces” em funcionamento, é muito mais lucrativo que ser deputado. Recebe verba pública aos montes e não presta conta e quando o faz, é de forma parcial. Se um dia isso mudar e que a verba destinada seja realmente utilizada no projeto fim, quem sabe tenhamos um rendimento satisfatório daqui 8 anos caso contrário, o sonho será sempre 15 medalhas mais ou menos.

Mas no fritar dos ovos, tivemos alegrias com as meninas do vôlei, na ginástica masculina, grata surpresa no Boxe e a última no pentlato moderno. Os esportes da elite decepcionaram, como o hipismo e a vela e outros, esperança de medalhas foram mal, como a natação, atletismo e o futebol de ambos os sexos, que não merece comentário.

Mas o que fazer pensando a longo prazo? Deixo com vocês a opinião de quem realmente entende do assunto, a palavra de Joaquim Cruz, conheça a trajetória dele e o que nos conta e faça um comparativo para ver um pouco de razão na minha modesta explanação.

Ótima semana à todos.

Um comentário:

  1. Concordo que não se faz um atleta olímpico em 4 anos, para isso a base precisa ser incentivada a começar na escolinha do bairro e dai subindo nas escalas esportivas, municipal, estadual, brasileira, pan americana e assim competindo e ganhando experiência.
    A prestação de contas do dinheiro recebido pelos “Ces” em funcionamento como vc cita precisa ser transparente e com controle externo na minha opinião para garantir a lizura dos gastos.
    Realmente os vencedores foram aqueles anônimos que chegaram, agarraram a chance e vestiram de alegria a nação brasileira. Que no futuro próximo o investimento em esporte seja também uma prioridade aos governos.

    Flavio Nakad é bacharel em direito e pós-graduado em Administração Pública pela FGV/Unibrasil

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